Capítulo 41: Vendo o sol nascer quadrado

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A noite definitivamente não poderia ser pior, como já era  de se esperar não consegui dormir nada bem, acabei tendo pesadelo com tudo o que aconteceu, desde a parte com aqueles bandidos até o beijo que Erick me deu.

No outro dia.

Eu decidi ir pra faculdade, provavelmente estaria ferrada por causa dos dias em que me ausentei. Lorenzo foi buscar o carro dele que acabou ficando perto do Trailer devido ao ocorrido do dia anterior, ele insistiu que eu fosse junto e depois me daria uma carona. Eu disse que não precisava, não haveria porque se preocupar, os três indivíduos estavam mortos, mas não estava com paciência para debater com meu irmão super-protetor, então aceitei suas condições. 

Chegamos no local e o meu irmão verificou se o carro estava intacto sem arranhões ou amassados, eu entrei no carro.

-Não vai entrar? -Pergunto ao ver que o mesmo não entrou no veículo como eu.

-Vou comprar um refrigerante, estou com sede, vai querer algo!o? -Ele me pergunta.

-Uma sprite, por favor. -Peço.

Ele foi até a  banca de revista que ficava do lado onde nosso carro estava estacionado, eu percebi que ele fitava a página frontal do  jornal, ele pegou o mesmo na mãos e ficou lendo primeira página mais atentamente. 

-Ei rapaz, vai comprar o jornal ou não? Se não for comprar não pode ficar folheando.- ouvi o homem da banca dizer para meu irmão mas o mesmo parecia não dar atenção para o que dizia o tal homem, devolveu o jornal no lugar e voltou para o carro.

-Ei, cadê os refrigerantes? Porque estava olhando aquele jornal? -Ele não respondia.

-Oi...terra chamando marte. -Estalo os dedos na frente do seu rosto, umas três ou quatro vezes.

 -Hã? -Ele diz despertando do seu transe.

-É… o refrigerante que você disse que ia comprar.Onde está?. -Digo.

-Eu mudei de ideia. -Ele liga o carro.

-Para de mentir, o que tinha no jornal que você não tirava os olhos. -O encarei, esperando sua resposta.

-Não tinha nada. -Ele nega.

-Tinha alguma coisa sim? Você odeia ler jornais Lorenzo symons.  -Eu aponto.

-Pára de fazer tantas perguntas, já disse que nao tinha nada, mas que droga. -Ele diz ríspido.

-Ok, então tudo bem, quer saber esquece. -respondi chateada e virando a cara para o lado oposto dele.

Cheguei finalmente na faculdade, passamos pelo carro de Erick que  provavelmente estaria esperando a sua "dona", ele não a espera mais encostado na lataria do veículo como antes, mas no banco do motorista. Estava parecendo o chofer dela e não o namorado. Eu ousei olhar lá dentro  e me deparei com Tais no banco do passageiro, sim, ela já estava lá e quando ela me viu fez uma cara de: 

"Tira o olho, se não te mato". Erick olhou para meu lado e ao ver que era eu, ficou sério e  desviou o olhar para baixo. 

Lorenzo parou o seu mustang na vaga da frente do carro dele.

-Boa aula Li. - O mesmo diz.

Eu o ignorei e sai batendo a porta do carro dele de propósito, ele deve ter odiado isso. - Me espera na saída, que eu vou vim te buscar. -Ele disse e saiu cantando pneu.

Cheguei na sala de aula, fui direto para minha carteira, ainda faltavam alguns minutos para começar a aula, Mayra entrou e assim que me viu correu até mim.

-Amiga, como você está? -Ela se sentou. - Fiquei sabendo que foi o pai do ... 

-Não quero falar sobre isso, por favor May.- A imploro.

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