Capítulo 14:O desconhecido

217 76 333
                                    

Lira...

Fui até meu quarto, peguei meus documentos para a matrícula da faculdade, coloquei na minha bolsa e fui de volta ao quarto de Enzo.

-Estou pronta, vamos? -O chamei.

-Vamos. -Concordou.

Descemos as escadas e pegamos um táxi e paramos próximo a uma grande loja de veículos, Street Cars era o que estava no letreiro em letras garrafais, perto da porta havia um senhor de terno preto, que logo que nos avistou, se aproximou de nós e se apresentou:

-Bom dia, sou o senhor Charles, em que posso ajuda-los?

-Bom dia, quero comprar um carro.-Meu irmão responde.

-Claro, tem alguma preferência de cor? Modelo? Gosta de mais antigo, um esportivo talvez? -Charles falava enquanto andávamos entre alguns carros.

-Quero ver todos, aquele que me conquistar,eu fico. -Enzo responde.

-É...de preferencia todos os baratos.-Eu sussurro.

E Enzo me dá uma cotovelada de leve.

-Que foi? Não acha que vou te deixar esbanjar todo nosso dinheiro num carro acha. -Retruco e ele da um longo suspiro.

-Bom, então vamos fazer assim, por que vocês não andam por ai, e quando algum carro consegui te atrair...vocês vem até mim e fechamos negócio em? -O senhor Charles deu a ideia.

Então ambos saímos perambulando entre o diversos carros.

-Ei, que tal esse. -Digo para meu irmão.

-Antigo demais. -Ele nega.

-Esse? -Aponto para outro.

-Vermelho demais pro meu gosto. -Diz fazendo cara de nojo.

-Esse aqui é lindo. -Mostro parecendo entusiasmada.

-Parece de mulherzinha.-Ele se recusa.

-Eu gostei. -Digo tentando convencê-lo.

-O carro é pra mim ou pra você afinal de contas.

-pra nós dois claro. -Rebato.

-Nem pensar, carro meu mulher não bota a mão.

-Ha ha ha... vai se iludindo maninho.Aquele?

-Não mesmo.

-Aff, depois vocês homens falam que nós mulheres somos indecisas.

-eu não estou indeciso. - Ele se defende.

-Hum... não está indeciso?

-não estou. -Ele afirma confiante.

-Então suponho que já escolheu?

-Na verdade não...ta bom... acho que sou indeciso, que posso fazer se nenhum me atraiu.

-Então vamos embora, ainda tenho que ir atrás da matrícula, depois a gente passa em outra loja.

-ok, só vou lá avisar que nada me interessou.

Enquanto isso fiquei aguardando.

-Ei moça, onde fica o toilette. -Perguntei a uma funcionária que passava por mim.

-Segue o paredão, ultima porta, ela me mostrou com a mão.

-Muito obrigada. -Agradeci.

Então fui ao toilette aproveitei para retocar minha maquiagem, saí e uma voz masculina soou atrás de mim.

-Não comprem esse carro.

Me viro e avistei um rapaz agachado encerava um carro preto com um emblema de cavalo, não pude ver como o rapaz era, pois estava de casaco de capuz que tampava seu rosto e ele não se virava em momento algum pra mim.

-Falou comigo? -Pergunto.

-Sim, falei. -Diz ainda sem me deixar vê-lo.

-Por que deveria ouvir alguém que se esconde atrás de um capuz?

-Não diga que não te avisei.

-Ei Lira, estava te procurando. -Ouvi a voz do meu irmão.

-Desculpe, eu precisava ir ao banheiro. -Digo me virando para ele.

De repente o Enzo pára e fica imóvel.

-O que foi?-Eu pergunto.

-É esse, sim esse é O carro!

Então olho para traz e não vejo o rapaz de capuz, ele não estava mais lá, mas para onde ele foi? Bom...meu irmão se aproximou do veiculo preto com o emblema do cavalo, ele alisava a pintura do carro com as mãos avaliando cada detalhe com uma cara bem estranha que me dava medo, parecia que o venerava.

-Perfeito, sim é este mesmo.

-Não, não é esse não.-Digo descordando.

-Vejo que mudou de ideia rapaz. -O senhor Charles se aproximava.-Gostou do esportivo então.-Continuou

-Sim,gostei.

- Bom o valor dele é de quinhentos mil

-Não definitivamente não é esse Enzo.-digo assustada com o valor.

-Larga de ser chata Lira.

-Não, definitivamente você não vai ficar com esse, é muito caro e também deve ter algum problema bem grave.

-Nossos veículos são todos revisados senhorita.

-E por que um dos seus próprios funcionários me disse disse para não comprar esse carro.

-Acho que não estou entendendo, que outro funcionário está falando, sou só eu e minha filha que trabalhamos aqui.

-Mas o que? Não pode ser, havia um rapaz encerando esse carro.

-Eu volto a repetir, sou só eu e minha filha, senhorita.

-Pára com isso...mas que droga Lira.-Meu irmão interrompe parecendo bravo comigo.

-Quer saber você não vai comprar essa merda de carro.

-Quem foi que disse,que preciso da sua permissão,vou comprar com a minha parte do dinheiro,sempre foi tudo para você né Lira?Eu era castigado por coisas que você fazia,sempre te protegia,e agora que quero seu apoio para mim em algo que desejo tanto,você me nega.

-Não acredito que to ouvindo isso de você e eu nunca pedi pra você me proteger

-Eu odeio você com todas as minhas forças,queria que não fosse minha irmã.-Ele diz me encarando com furor e sangue nos olhos.

-Se quiserem eu reservo o carro por um dia pra você se quiserem decidir com mais calma.-O vendedor diz parecendo constrangido.

-Não precisa reservar,pode preparar o contrato de compra e venda,ele vai ficar com o carro-digo chorando e me retiro indo em direção a rua e me aproximo de um táxi que estava estacionado ali por perto.

(Anabea2000 Dedico pra você)

O edifícioOnde histórias criam vida. Descubra agora