Capítulo 56: Sem saída

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        Lira...

 Confusa com aquela afirmação, decidi verificar o que tanto David e Maria estavam assustados.

- Como assim? -Perguntei me aproximando deles e vendo por mim mesma, os outros vieram logo atrás.

Eu não conseguia olhar por mais de três segundos e me virei de frente para David e de costas para o quarto, quando senti o loiro me abraçar.

-O que houve com ele? -Perguntei assustada, meu coração parecia que ia sair pela garganta.

-Eu não sei. -David diz acariciando minhas costas na tentativa de me acalmar, mas conseguia sentir o dele mais disparado do que o meu.

- Que cheiro horrível é esse? -Jaqueline perguntou, vomitando. - Era pra estar dessa maneira se ele estivesse morrido essa noite?

- Com toda certeza não. -Afirmei, um pouco mais calma, me soltando dos braços de David.

Henrique estava estirado no chão, morto, em fase de decomposição muito avançada, o cheiro era insuportável.

-Parece que está morto as várias semanas, não pode ser ele. - Mayra, duvida.

-E quem mais seria? O irmão gêmeo dele? -Jace ironiza.

-Não sei, mas temos que dar o fora daqui. -A loira responde.

Todos concordamos, começamos a voltar para onde estavam nossas coisas.

-Eu sei que não sou um cara muito observador, mas tenho certeza que aqui tinha uma escadaria por onde subimos ontem à noite, certo? -Jace menciona.

- Devemos estar bêbados ainda? -Digo.

-Vamos continuar andando até encontrar uma outra saída. -David dá a ideia.

-Claro "Stein"! Como não pensamos nisso antes?! -Disse Jace debochando do loiro que não dá trela e começa a caminhar.

Então começamos a andar pelo corredor e encontramos uma escada que subia para o próximo andar e começamos a subi-la chegando no terceiro andar, nesse, não havia nenhum quarto, apenas um corredor que levava de uma ponta a outra. continuamos subindo até o quarto andar.

-Acho que deveríamos tentar ver se vemos alguém pelas janelas dos quartos e gritar por ajuda. -Jaqueline disse algo de inteligente afinal.

-Certo. -David concordou.

Fomos de porta em porta, mas a maioria não abria. Finalmente uma abriu, mas nela tinha uma primeira parte que era vidro, tentamos quebrar, no entanto parecia inquebrável como se fosse a prova de balas ou algo assim. Pedaços de concretos, madeira e chutes, nada fazia efeito.

-Tenta isso! -Jace disse, tirando algo de sua mochila.

-Tá louco cara, por que trouxe isso? -David o repreende.

-Eu encontrei em uns dos cômodos. -Diz oferecendo para o loiro que se recusa a pega-la. -Bom... se você não quer usa-la, eu uso. -Jace direciona para o vidro disparando três tiros, porém o mesmo se manteve intacto.

-Parece que sua arminha de brinquedo não adiantou de nada, não foi mesmo? Agora guarda isso antes que atire no próprio pé. -David solta um sermão.

-É, ou talvez eu use isso pra outra coisa. -Disse com os olhos semicerrados apontando a arma em direção ao peito de David que se mantem imóvel com as mãos pra cima.

-Guarda isso Jace, por favor! -Implorei.

-Você se acha tão inteligente não é "senhor perfeição". - Ignorou meu pedido. - Me diga, você é a prova de balas como essa janela?

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