vinte e oito

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-caso você não saiba ela não é sua amiga- Anna falou mal humorada. -Sebastian.-falou o nome dele devagar.

Sebastian apenas sorriu, passando a língua pelos lábios, olhando para Anna com cara de ofendido, depois soltou um suspiro colocando a mão no peito de forma teatral, fazendo Chris soltar uma risada contida.Ele parecia se divertir com a situação.

-ainda não. -ele sorriu olhando diretamente para mim-não é mesmo Holly?

-não começa Bach-chris revirou os olhos-ela não está interessada. Não deixe minha esposa irritada.

-É Sebastian , você bem sabe o que aconteceu da última vez que tentou atacar uma das minhas amigas.

-isso foi no seu casamento, você tem que superar, Anna. E para informação foi sua amiga quem me atacou-revirou os olhos.-que eu lembre não prometi nada a ela,você tem que relaxar cunhadinha,você não é o xerife da cidade,ou é?

-vocês já vão começar?-Chris deu uma mordida grande na pizza depois se virou para o irmão- não seja desagradável ,Bach. Deixe a Holly em paz, o mesmo serve para minha esposa.Vocês não podem viver em paz?pelo menos uma vez na vida?

-você mora na cidade?Eu não vi você por aqui-ele ignorou todos como se estivéssemos sozinhos. -olha que eu já andei muito pela cidade, se visse você por ai eu lembraria.

-ela não é daqui. -Anna respondeu irritada.

-eu acho que ela ainda sabe falar, não precisa de um porta voz-ele olhou divertido para Anna. -eu aposto que você sabe falar, Holly.

-vocês dois podem parar?-Chris suspirou. -parecem duas crianças birrentas.

-no fundo a Anna me adora, e eu adoro ela e os sobrinhos lindos que ela me deu.Eu agradeço a Deus por eles serem parecidos com ela,de verdade.Bem,menos na personalidade,eles deveriam ser mais...felizes.

-eu nasci aqui - falei constrangida pelas alfinetadas dos dois, era nítido que ambos se odiavam e nenhum fazia questão de esconder.
Eles agiam civilizadamente ,como se fosse uma brincadeira,mas não se gostavam, ou Anna não gostava dele, pelos motivos que já sabia bem. Ela achava que Sebastian era uma má influência para o esposo,mas tudo que eu via era um homem sexy e incrivelmente confiante.

- não mora aqui-ele falou pegando um pedaço de pizza. -está de passagem?

-resolvendo alguns problemas, mas em breve eu volto para casa. -continuei- assuntos de família.

-acho uma pena-ele sorriu um sorriso largo e sincero. -não deve ter tempo para diversão, se bem que aqui não tem muita... diversão.

Eu não sabia quem era esse homem, mas ele exalava sensualidade em cada fio de cabelo, em cada movimento, ou até do jeito que ele falava, tudo parecia ter duplo sentido. Não me admirava ele ser assim tão marcante já que era seguro de si, pelo pouco que notei segurança emanava dele.Ele estava me cantando, era óbvio que estava, estava me cantando para irritar minha amiga.

E eu estava gostando dessa atenção tão perturbadora.

-é aqui não tem muita coisa para se fazer.- continuei encarando aquele par de olhos divertidos,estudando cada reação minha.

-você sofreu um acidente?-ele olhou para o meu braço- está melhor?Parece que foi bem feio.

-não foi nada demais,felizmente foi só um susto.

-então quem sabe você não me mostre um dia desse o que tem para fazer aqui na cidade de divertido.Já que está recuperada do seu acidente.

Ele foi bem direto.

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