O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1

Capítulo quarenta e cinco- ✬antigo lar✬

✬Música: One Last Night - Vaults

✬✬✬

   Algumas horas se passaram e já passa das dez da noite, Andrew ainda não havia sido liberado da sala de emergência e eu já sinto preocupação por ter passado tanto tempo assim. Eu fico andando de um lado para o outro, sem conseguir ficar sentada por um tempo e muito menos quieta, minha cabeça ainda está explodindo de informação e a preocupação também me consome.

   Vejo um enfermeiro saindo de dentro da sala de emergência enquanto analisa uma prancheta com papel preso, eu o olho e já vou direto ao seu encontro, pegando em seu braço e tirando sua atenção do papel:

- Oi, você pode me dizer como tá o Andrew? O rapaz que entrou de cadeira de rodas e o rosto ferido.- Eu falo apressadamente

- A senhora é a namorada dele?- Ele pergunta bem mais calmo e eu demoro uns segundos pra responder

- É... sou, sou sim.- Eu minto

- Se quiser pode entrar, ele está tomando soro na veia.- Ele sorri fraco e abre a porta pra mim

- Mas antes pode me dizer o porquê de ter demorado tanto?

- Bom, além dos cortes profundos, ele teve que fazer dois pontos no supercílio e ele também tava com desnutrição, o corpo ressecado por não beber água suficiente e uma anemia leve.- Ele fala e eu fico sem entender

- Como assim desnutrição, anemia.. o que houve?- Eu fico confusa

- Eu acredito que saiba o motivo, mas ele não anda se alimentando bem e nem ingerindo água necessária.- O enfermeiro estranha a minha pergunta

- Ah.. claro, claro, eu sei sim é que... eu só estou preocupada, só isso.- Eu forço um sorriso pra não haver mais perguntas

- Bom, ele está na sala 3 de repouso, pode ir lá.- Ele abre a porta novamente

- Obrigada.- Eu sorrio pequeno para o mesmo que retribui, afirmando com a cabeça

   Eu entro no corredor e caminho até a sala informada pelo enfermeiro, assim que entro vejo algumas pessoas também tomando soro e com alguns acompanhantes. Vejo Andy sentado em uma poltrona, com o braço esticado pra cima e com a agulha aplicada no mesmo, transportando o soro, ele se encontra de olhos fechados e alguns curativos no cara.

   Sinto uma dor forte no coração ao vê-lo daquele jeito e só aí reparo o quão diferente ele está, mais magro, sem forças... sem barba e o cabelo cortado, exatamente do jeito que eu amava vê-lo. Eu me aproximo e sento no banco que havia do lado da poltrona e, delicadamente, seguro em sua mão, fazendo ele acordar bem devagar:

- Andrew?- Eu falo quase em um sussurro e aliso seu dedão

- Nath? Onde eu estou?- Ele começa a despertar e fica querendo sentar na poltrona, mas acaba fazendo uma careta de dor

- Fique sentado.- Eu deito seu corpo- Estamos na emergência, assim que esse soro acabar podemos ir embora!- Eu tento tranquilizá-lo

- Eu quero ir pra casa agora, não aguento mais ficar sentado!- Ele suspira entediado e deita a cabeça na poltrona

- Nós vamos, mas o soro tem que acabar Andrew.- Eu digo

   Nós ficamos calados por uns segundos, como se não soubéssemos como conversar entre nós, como se fôssemos desconhecidos e que não tem nenhum assunto pra conversar:

- O enfermeiro me disse que você estava com anemia leve, desnutrição e falta de água no corpo...- Eu quebro o gelo e ele já me olha

- Ah...- Ele parece já entender o porquê de seu corpo está assim e eu o olho esperando uma resposta melhor- É disso que eu preciso conversar com você, Nathalie.