O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1

Capítulo oitenta e três-✬bday captain marvel✬ (Pt/03)✬

✬Música: Photograph - Ed Sheeran // Wicked Game - Chris Isaak

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Arthur Cooper

Voltamos para a estrada o quanto antes. O dia queria ir embora e nós tínhamos que correr contra o tempo para não escurecer. Eu sei que é errado o que eu estou fazendo, até porque estou me baseando na localização do celular de Christian... mas mais errado seria eu continuar permanecendo nos meus erros e não buscar mudar alguma coisa. A cada quilômetro percorrido é um nervosismo a mais consumindo minha mente. O volante se encontra quase que encharcado de tanto suor das minhas mãos e as unhas estão cravadas na borracha do mesmo. Realmente parecia que estava indo ao encontro da minha própria morte, mas é apenas de admitir meus erros e, pelo menos, ter um pouco de paz em meio ao caos.

Chris havia adormecido no carro e eu já estava saindo de Virginia Beach, no caminho do bairro afastado em que a casa está. Não dá para negar que eu estou quase tendo um infarto de nervosismo e de ansiedade, fazendo com que meu pé pise fundo no pedal de aceleração. Ao mesmo tempo que queria logo livrar essa maldita tensão, eu queria demorar mais um pouco.

Devido a rapidez, em questão de pouco menos de trinta minutos, nós chegamos na entrada desse bairro. É incrível mesmo. As casas são de tirar o fôlego e você não sabe exatamente para qual olhar. Mas minha preocupação não é essa nesse momento... o gps já informava que estávamos a dois minutos de distância.

- Chris...- Balanço Chris rapidamente e o mesmo vai acordando.

- Chegamos?- Sua voz soa mais grotesca e cheia de preguiça. - Onde estamos?- Ele senta e parece iniciar todo o seu sistema.

- Chegamos, cara...- Falo quase em um fio de voz e ele me encara.

Acabo freando o carro de uma vez, tirando barulho dos pneus.

- Meu Deus, o que foi isso?- Chris se assusta e se segura na porta.

Fico intacto no meu canto. Meu celular, que se encontra na minha perna, já mostra que a casa é exatamente ao meu lado esquerdo. Não consigo nem virar a cabeça para confirmar se realmente estava no endereço certo, mas só pela música alta e conversas já podia tirar de letra. Havia entrado em estado de choque e aquela onda calorosa fica percorrendo em toda a minha corrente sanguínea. A ansiedade é incisiva dentro de mim e um desespero palpável. Estava quase surtando de medo.

- Arthur?- Chris fica me chamando várias vezes e eu sinto minhas mãos tremendo. - Arthur, você está bem?- Suas mãos pousam em meus ombros e o mesmo me sacode.

- Eu acho que vou vomitar...- Continuo falando em um fio de voz e meus olhos enchem de lágrimas automaticamente e involuntariamente, sem ter alguma sensação de choro.

- Calma... o que eu faço?- Vejo seu desespero retesando nas mãos, como se procurasse alguma coisa no painel do carro mas que não havia nada. - Você precisa se acalmar! Pega um vento e tenta se recompor. - Chris insiste em fazer com que eu o encare, talvez me deixando um pouco mais aflitivo.

- Eles vão me matar, Chris. - Cochicho e sinto as lágrimas escorrendo em meu rosto, totalmente dormentes. - Meus irmãos e o Andrew vão me matar se me verem aí!- Fico totalmente desesperado e minha respiração começa a ficar desregulada, quase que impossível de se controlar.