O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1

Capítulo cinquenta e cinco-✬chance para um recomeço✬ (LEIAM ATÉ O FINAL)

✬Música: Love Someone/ 93 Million Miles- Jason Mraz
(Repitam as músicas, fica bem mais fofo e dramático kkk)

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Nathalie Fiorentini

Nós ainda estávamos atordoados, sem saber exatamente o que fazer e muito perdidos, como se nós nem mesmo nos conhecêssemos, apenas dois estranhos sem um sentido na vida. Eu e Andrew estávamos em seu escritório, sem falar uma sequer palavra e olhando para o chão, tentando digerir tudo o que aconteceu há alguns minutos. O choque ainda é enorme, tivemos bem perto da morte.

Ainda não sabíamos o que iríamos fazer com o corpo, como iríamos explicar a situação para a polícia e como poderíamos contar para os outros, como Margaret e Christian, que, provavelmente, estarão vindo daqui a pouco para deixar a Antonella.

- De todas as formas, ele era o meu verdadeiro irmão...- Escuto a voz de Andrew soar em meus ouvidos, me fazendo assustar pelo fato do silêncio está tão gritante e presente.

Eu o olho e nos encaramos, seus olhos continuam perdidos mas com um remorso enorme, falando várias palavras ao mesmo tempo mas não formando nenhuma frase completa.

— O que disse?– Finalmente falo.

— Ele era meu único irmão, Nath, o único. Nem lembro da minha irmã, muito menos dos meus verdadeiros pais, eu nem sei se eles estão vivos. – Andrew suspira fundo e senta com tudo na cadeira, como se mais de um dele sentasse, fazendo um peso maior. — Eu queria ter conhecido ele melhor, ter tido a chance de conversar com ele e entender a minha história, saber mesmo o que houve. Me sinto culpado...– Sua mão pousa na testa e solta mais um suspiro carregado de remorso.

- Andrew, por que se culpa tanto das coisas que acontece? Você não tem culpa do que aconteceu, ele queria nos matar e não quis nem ouvir você. Por que você tem culpa de uma mente maldosa?- Eu acabo engrossando a voz, e falando em tom nervoso e alto.

- Eu não sei, Nathalie, eu não sei!- Ele responde na mesma altura e levanta de uma vez.- E se ele realmente tiver vindo atrás de mim, me pedindo ajuda e tentando mostrar a situação da minha verdadeira família? Eu dei as costas e nem lembro. Talvez tenha dado às costas para quem sentia fome, ou sentia frio, ou sentia dor, ou, até mesmo, sentia falta de ter a família completa. Eu dei as costas!– Andrew bate em seu peito e gesticula de forma rápida, mostrando revolta de si mesmo e liberando seus pensamentos.

- Você está ouvindo o que está dizendo?- Eu cruzo os braços e o encaro séria, fazendo ele parar e me olhar.- Você está se culpando de um fato que nem mesmo você imaginaria que pudesse acontecer. Andrew, pensa, se você não lembra nada da sua família, como iria acreditar que aquela era realmente a sua? Como poderia passar na sua cabeça, logo um homem rico e bem conhecido, que aquela pessoa realmente falasse sério? Ninguém é obrigado a saber de tudo, Andy! Eu quero que você pare de se culpar por algo que nunca passou pela sua cabeça. Você não tem culpa! - Eu chego perto dele e aliso seus braços, diminuindo cada vez mais o tom de voz e tentando tranquilizá-lo. Ele apenas abaixa o olhar. - Família é quem cria e dá amor, não importa qual seja a verdadeira e qual seja a adotiva, o que importa é o amor. Eu sei que sua mãe biológica deve ter tido uma razão para ter te dado, por ter sido o mais novo, não sei...- Ele me interrompe.

- Mas por que eu? Eu não entendo isso, ela só me deu! Sarah morreu depois que fui embora e, agora, o Michael. Por que eu tive essa sorte e eles não?- Ele continua questionando um pouco nervoso.