O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1

Capítulo sessenta- ✬arthur e anthony.✬

✬ Música: Good For You - Selena Gomez

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Anthony Cooper

Depois que desci no elevador, me despedi às pressas de Christopher e fui direto para o meu carro, entrando em seguida e saindo daquele prédio maldito. Minha cabeça está a mil, não consigo raciocinar e só tenho na mente o Arthur estirado no chão, como se estivesse sem vida e pronto para jogá-lo dentro do caixão. Eu sinto raiva dele, muita raiva... tudo o que ele me fez passar e o que fez os outros passar, Arthur está pagando caro com isso e eu amo ver isso, mas, por um lado, não consigo ser tão escroto assim. O arrependimento bateu.

Paro o carro de uma vez e desço as pressas do mesmo, indo até o outro lado e vomitando no gramado do parque em que havia parado. Eu não consigo, sei que não sou assim e tive nojo de mim mesmo pelo fato de ter abandonado Chris e Arthur, meus caçulas, e nem ter me importado na vida do meu irmão... ele merece, mas deve ser de outras formas. Meu estômago continua um embrulho só e a baba escorre da minha boca, como se quisesse vomitar mais, mas não tenho o que liberar.

Depois de alguns segundos, percebo as pessoas me encarando com diferença e tentando olhar para ver o que havia acontecido. Então limpo minha boca com as costas da minha mão e volto para o meu carro, voltando a dirigir. Pego meu celular e procuro o número de Chris para saber o que aconteceu, mas fico hesitando enquanto olho para o contato e pensando se realmente devo ligar ou não. Como fui tão frio e não tive consciência do que fiz?

Decido ligar então para outra pessoa, talvez melhore a situação.

- Sabia que eu já estava esperando você ligar?- Ela atende no quarto toque.

- Hey, que bom que esperava... queria saber se o nosso encontro já pode ser agora.- Sorrio fraco e ponho a mão na testa.

- Ahn... tá, pode ser. Onde nos encontramos?- Amber parece falar em um tom de voz com um sorriso no rosto.

- Eu passo para te buscar, me diga onde você mora!- Pigarreio com a garganta.

- Eu moro no Bronx. Tem certeza?- Ela hesita.

- Claro, não tem problema!- Sorrio e paro o carro no sinal.

Amber me passa o seu endereço e logo nos despedimos na chamada. Acho que só preciso de alguém pra conversar, já faz muito tempo que eu não sei o que é conversar com alguém, principalmente com uma mulher... desde o dia que tive a maior surpresa da minha vida, o mesmo dia que o Arthur me deu a maior decepção.

Depois de uns quinze minutos dirigindo, chego no apartamento de Amber e fico aguardando a mesma descer. Fico mexendo no celular e olhando ainda o contato de Christian, mas não consigo mandar mensagem... é uma mistura de sentimentos: ao mesmo tempo que quero que Arthur pague caro pelo que fez, eu também não quero ter que enterrar mais uma pessoa, ainda mais o meu irmão. Já não basta o Kennedy, não vou conseguir enterrar mais um.

Escuto um barulho de porta e acabo me assustando pelos meus pensamentos estarem longe, travo meu celular e, quando olho, vejo Amber muito bonita e com um sorriso encantador no rosto. Aquilo me fez sorrir de volta e me fez encará-la de outra maneira, talvez da maneira que eu necessito há muito tempo.

- Hey, está linda!- Eu a elogio e analiso em seguida, vendo ela rir fraco.

- Ah, obrigada! Você não está nada mal e nem diferente.- A mesma ironiza e solta mais uma risada, me fazendo apenas retribuir com um sorriso forçado. Eu não posso estragar hoje.