Capítulo cinquenta e quatro- ✬hoje não é seu dia de sorte✬

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✬Música: Renegades - X Ambassadors/ Tenerife Sea - Ed Sheeran/ Lego House - Ed Sheeran

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- Eu não quero falar com você, Cooper. Eu já sei de tudo, me faça o favor de não ligar nunca pra mim!- Andrew responde com raiva e eu apenas fecho os olhos, buscando palavras.

- Olha, eu sei que você está com raiva mas precisa me escutar... isso vai ser bom, você tem que acreditar em mim. Eu prometo ficar longe da Nathalie e da sua filha, qualquer coisa, mas você precisa aprovar esse contrato. Me dá uma única chance de conversar com você!- Eu praticamente imploro para Andrew na ligação, ele parece hesitar.

- Eu não sei... - Ele pensa

- Por favor, uma chance e você nunca mais precisará me ver na sua vida e nem na vida delas. - Eu vomito todas essas palavras difíceis e sinto meu coração encher de dores.

- Eu já estou saindo do trabalho... vá daqui há uma meia hora lá na minha casa, conversaremos melhor. - Ele finalmente libera e eu "comemoro" mentalmente.

- Tudo bem, eu vou! Muito obrigado, Andrew.- Eu agradeço

- É, até mais.- Ele desliga.

   Sinto um certo alívio no peito, mas 99% do meu corpo é consumido por tristeza e mágoas por ter que ficar longe dela. Eu quero poder dá a chance de uma vida melhor pra ela, mesmo sendo indiretamente, mas o fato de ter que me afastar é o que me dói, me faz querer ficar afastado de todos e só ter a sensação de morte.

- Arthur.- Me assusto com a voz de Logan entrando na minha sala.

- Sim?- Eu controlo as batidas forte do meu coração e passo a mão no rosto, respirando fundo.

- A sua empresa mandou isso. - Ele levanta uma maleta e põe em cima da mesa, na minha frente.

   Vejo meu sobrenome estampado na maleta e já imagino o que seja, então destravo as travas nas laterais e abro devagar, dando de cara com um revólver trabuco banhado a ouro. Vejo os carregadores e também mais um cano, tendo então balas de 45 mm e 90 mm.

- Obrigado. - Eu forço um sorriso fraco e fecho a maleta- Vou precisar sair agora, tenho uma reunião importante.- Eu me levanto da cadeira e visto meu sobretudo.

- Certo, quer que eu fique aqui pra você?- Ele pega a minha outra maleta e me entrega.

- Não, feche a empresa mais cedo. Eu não vou voltar!- Eu guardo os papéis do contrato dentro da minha maleta e pego as duas: a da arma e dos negócios.

- Tudo bem então, até amanhã.- Ele abre a porta

- É, quem sabe.

   Eu respondo rapidamente e saio da sala, indo em passos rápidos para o elevador e descendo logo em seguida. Quando chego lá embaixo, pego o meu Jaguar F-Type e já ligo, saindo dali o mais urgente possível.

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TRINTA MINUTOS DEPOIS

Nathalie Fiorentini

   Sinto minha cabeça latejar forte e uma dor no meu peito começar a se manifestar. Começo a abrir meus olhos bem devagar e enxergo tudo embaçado e turvo, vendo uma escuridão muito presente no quarto e apenas alguns flashes de luz fracos entrando pela janela, que é coberta pela cortina do quarto. Começo a sentir um aperto nas mãos e só aí percebo que estava sentada e com os braços presos para trás, ao tentar me mover. Aquele pequeno desespero bate e eu começo só a puxar meus braços e tentar me levantar, mas é em vão, a algema agarra forte os meus pulsos e impossibilita qualquer movimento, pois a dor é insuportável. O canto da minha testa sangra e escorre pelo meu rosto, levando à uma mancha de sangue na minha blusa.

O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora