Capítulo setenta e cinco- ✬segredo dos gêmeos?✬

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✬ Música: Lost - Lido

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Anthony Cooper

— VOCÊ ESTÁ LOUCO, ARTHUR?– Berro fechando a porta de uma vez.

   Me assustei ao ver Arthur apontando um de seus revólveres exatamente na minha frente, como se já estivesse se preparando para atirar em alguma pessoa ou se protegendo ao extremo. Meu irmão provavelmente está paranoico ou pior, deve estar louco. Sabe lá o que teria acontecido se eu tivesse ficado mais alguns segundos ali, encarando ele e peitando a morte, até porque quem tá com a cabeça longe age sem pensar. Arthur podia ter me dado um tiro.

— SOU EU, ANTHONY, SEU IRMÃO!– Continuo berrando e ainda atrás da porta, segurando a maçaneta em oposição à abertura.

— Tony? É você?– Escuto o berro de Arthur e já percebo sua voz falhar, como se fosse chorar.

— Sou eu. Abaixa essa arma, Arthur!– Falo contra a porta e encostando minha testa na mesma.

— Você está sozinho, Anthony?– Arthur começa a chorar e sua voz falha direto, como se sentisse medo.

— Como assim? Lógico que estou sozinho, Arthur! Abaixa isso pra me entrar!– Nego com a cabeça e fecho meus olhos, sentindo a preocupação do meu irmão está tão perdido.

— Abaixei...– Ele fala em um sussurro.

  Vou abrindo a porta lentamente e vendo melhor o ambiente, totalmente bagunçado e quase de pernas pro ar, roupas sujas jogadas no chão, caixa de pizza e qualquer coisa que remetesse nojeira. Ali estava um verdadeiro antro. O cheiro é quase intragável. Quando finalmente reparo em Arthur, suspiro fundo e nego com a cabeça.

— Porra...

   Viro o rosto para o lado ao ver que Arthur estava completamente pelado, enquanto segura o revólver e fica no canto do quarto na parede. Se eu não o conhecesse, diria que estava sofrendo fortes ataques de esquizofrenia ou surtos psicóticos. Ele está parecendo um louco! Quem o Arthur se tornou?

— Que merda é essa, Arthur? Cadê sua roupa?– Fico olhando em volta pra tentar identificar algo que explicasse aquela sua atitude, mas só vejo garrafas de bebida e caixas de remédio de tarja preta. Não sei se é isso.

— Anthony...– Arthur continua se resguardando no canto da parede e com a voz enfraquecida, demonstrando tristeza.

— O que você tem? Usou alguma coisa, Arthur?– Vou adentrando mais em seu quarto e revirando as coisas pra achar.

— Tony, você vai me bater?– Arthur fala pior que uma criança, tem atitude de um bebê.

— Para com isso. Por que está chorando? O que voc...

   Paro de falar na mesma hora ao ver um recipiente cilíndrico em cima da mesa com a tampa aberta, vendo alguns resquícios de sujeira na mesa, parecia... cocaína. Não é o que eu quero acreditar, todo aquele momento terrível que tive há alguns anos atrás vem a tona e logo imagino Arthur drogado novamente, fazendo suas piores merdas possíveis. De novo isso? O que está acontecendo com esse cara? Isso não pode mais acontecer.

O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora