Capítulo setenta e dois- ✬anjo✬

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⚠️ RECADO HIPER MEGA IMPORTANTE NO FINAL. LEIAM TUDO!!!⚠️

✬Música: Anjo (peço para que tirem um tempinho de vcs para lerem a letra da música, ou prestar bastante atenção, para pegarem as referências e citações!❤️❤️)

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Nathalie Fiorentini

Finalmente chegamos em casa e eu só queria passar direto para o quarto, sem olhar para ninguém e me trancar ali mesma até não aguentar mais. Não sinto fome, nem vontade de sair e muito menos querendo conversa com alguém, só queria me isolar de todos e apenas aproveitar desse meu momento tão triste.

Era o meu filho... e ele virou um anjo. Por que me tirou sem nem ter me dado o tempo de conhecer? Como eu sinto falta de alguém que nem ao menos existiu? É, ser mãe é assim... eu sinto na pele coisas que não é qualquer pessoa que sente. Que vontade de beijá-lo e dizer o quanto a mamãe ama ele ou ela. Eu acredito em anjos!

- Deixa eu ajudar você...- Andrew interrompe meus pensamentos com sua voz doce e já desce do carro, vindo para o meu lado.

Ele pega minha bolsa e me ajuda a levantar, então vai andando comigo devagar até a porta e com a maior cautela do mundo, como se eu fosse a flor mais frágil nesse momento. E ele tem razão.

Entramos em casa e o silêncio é de matar, parece até que entramos na sala mais silenciosa do mundo e que machuca dentro da gente. Que horrível esse sentimento! Me dói tanto ter que ouvir esse silêncio tão alto e gritante, dilacerando toda a minha mente e fazendo essa perda tão ruim ecoar em meus ouvidos. Por que eu?

- Antonella está lá em cima... é melhor você deitar um pouco, Nath. - Andy sugere calmamente e sua voz sempre se mantém baixa, de alguma forma me acalmando por dentro, por mais impossível que seja.

Me mantenho calada e apenas afirmo com a cabeça, eu não consigo soltar uma palavra se quer e nem fazer um barulho mínimo, só queria correr dali e me afastar de todos os pensamentos. Falar aquilo para o Arthur só me deixou péssima e com a cabeça mais pesada, revê-lo tem sido um pesadelo para mim e parece que nunca superei o trauma que passei com ele. Ele não quer amar ninguém, apenas ele mesmo! Quanta estupidez minha ter acreditado que um dia faria diferença em sua vida... ah, esperanças, como são mentirosas! Isso me levou a perder o meu filho.

Subimos a escada cautelosamente e Andy vai segurando em meu braço, me levando até nosso quarto e me deitando na cama. Vejo ele acender a lareira e logo fecha as cortinas, pelo fato de estar trovejando e caindo o mundo lá fora. Mas quem liga? O meu caiu há algumas horas atrás... não faria diferença o mundo cair, literalmente.

- Você quer algo?- Ele vai ajeitando da melhor maneira a cama e me mantendo confortável ali, mas minha mente é a mais difícil de se confortar.

- Eu... eu não sei... eu só quero parar. - Falo sem saber exatamente como me expressar.

O que eu quero parar? Como faz para fugir de mim mesma? Como é difícil! Não consigo raciocinar e nem mesmo reagir. O que está acontecendo? Eu realmente perdi um bebê dentro de mim? Por que essas informações não param de me circular?

- Ah...- Andrew solta uma arfada bem demorada e põe as mãos na cintura. - Tudo bem... eu posso sair. - Andy aponta para a porta e eu olho, já sentando na cama.

O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora