Capítulo cinquenta e oito-✬por que ele?✬

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✬Música: Gone Too Long – CatDealers

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Pego a chave de algum carro qualquer e ponho uma camiseta, calço meus sapatos e pego minha bengala, saindo às pressas do closet. Passo pelo quarto, pego toda a papelada que havia separado e ponho em uma pasta, separando o que seria para o Tony e para o Andrew. Saio do quarto e desço as escadas em passos rápidos, evitando ao máximo puxar a perna e andar normalmente, mas ainda se torna uma tarefa difícil pra mim, principalmente quando tenho que descer ou subir escadas.

Saio de casa e tranco o apartamento, pego o elevador e logo desço para o subsolo dos carros. A garagem já não tinha tantos carros assim, Christian transportou alguns para o apartamento de Margaret e deixou por lá, pois já estão olhando apartamento novo para morarem aqui em Nova York, talvez um bem maior. Destravo o carro e entro bem devagar, mas sentindo uma dor aguda no abdomen, me fazendo ficar com uma cara travada de dor e tentando aguentar, mas é terrível a sensação.

Quando finalmente sento na poltrona, eu respiro fundo e encosto a cabeça antes de ligar o carro, para ver se a dor ameniza um pouco e conseguir suportar dirigir só cinco quilômetros. Talvez se eu for rápido e conseguir chegar logo, isso passe logo e não vá incomodar tanto, então preciso me agilizar. Finalmente ligo o carro bem rápido e me ponho o cinto de segurança, já sentindo mais uma vez um pouco de dor, por ter virado de lado. Então saio do meu prédio e começo a dirigir.

Minhas mãos começam a suar pela dor voltar a se intensificar, então acelero mais e vou ultrapassando os sinais, sem respeitar nada e ninguém, só querendo chegar logo pra essa maldita dor parar. Sinto a testa começar a molhar também, parece que há uma faca sendo enfiada bem devagar no meu abdomên, por ser tão fina a dor mas insuportável, não consigo nem respirar direito.

- VAMOS PORRA!- Eu berro comigo mesmo e tento me manter ereto na poltrona do carro.

Por sorte, eu já havia atravessado a ponte Lower Roadway e já estava avistando o prédio em que Tony estava, que no caso é o meu, onde fiz o favor de acabar com o meu casamento. Acelero mais o passo e a dor passa a se estender mais pelo meu abdomen, sinto algo líquido começar a escorrer por lá e arregalo os olhos, desço minha mão bem rápido e ponho lá, já sentindo algo viscoso e sabendo exatamente do que se trata: Meus pontos sangrando.

Aqueles cinco quilômetros, que mais parecem uma eternidade, finalmente se encerram e eu entro na garagem as pressas, estacionando de qualquer forma e levantando logo. Desço do carro e olho pelo retrovisor do carro, vejo uma pequena mancha de sangue na minha camiseta, dando a entender que os pontos haviam sido maltratados mas, por sorte, não estão abertos. Retiro minha camisa com um pouco de dificuldade e ponho em cima do sangramento, estancando o mesmo para não acontecer coisa pior, vou me apoiando no carro e dou a volta, pego minha bengala e a pasta, travando o carro em seguida.

Caminho até o elevador e chamo o mesmo. Enquanto o elevador não chega, eu dou um suspiro bem pesado e olho para o local dos pontos, vendo tudo manchado de sangue seco e um pequeno corte, como se quisesse abrir as linhas cruzadas, acabo fechando meus olhos e encosto a cabeça com um pouco de força no pilar da parede, me xingando mentalmente e me perguntando o que eu fiz.

O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora