✬Música: Parallel- Heffron Drive (repitam!)
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Kendall Cooper
Hoje é dia de gravar minhas novas músicas e tentar seguir minha carreira de cantor, eu sei que não é uma coisa que meu pai iria se orgulhar, ele sempre quis que eu fosse igual a ele mas a minha vida é essa: A música. Eu queria poder conversar com ele sobre isso e tentar convencer de que seria uma ótima ideia, porque eu sei que vai ser difícil lidar com o Arthur, ainda mais quando se trata de seguir uma carreira "diferente", e não ser um engenheiro ou um empreendedor.
Está sendo bem difícil ter que aguentar toda essa pressão psicológica, até agora eu só tenho meus avós e meus tios me apoiando, eu não tenho um pai para conversar e minha mãe precisa de mais apoio do que eu, ela não consegue enfrentar sozinha e eu não posso reclamar por ela não conversar comigo sobre. Depressão é difícil de se enfrentar sozinho e eu só quero o melhor da minha mãe, eu não quero ter que perder a minha única fonte de energia pra essa doença.
Eu tento ser o seu melhor remédio, mas um garoto de 17 anos não tem tanta experiência em conseguir botar uma mente de 33 anos na ativa novamente, é como se houvesse uma barreira enorme de concreto e nem mesmo a broca mais forte conseguisse furar. Eu me sinto culpado por minha mãe ser assim, porque, talvez, se eu não tivesse soltado a mão de Kennedy, hoje seríamos uma família feliz e nada disso teria acontecido... eu devia ter sido homem de verdade, como meu pai mesmo disse.
É difícil enfrentar uma vida sozinho, ter que ser o homem da casa tão cedo sem ter nem um ano de término do colegial, eu tenho que me virar para trabalhar e conseguir manter a vida em casa, mesmo tendo as pensões enviadas pela minha família. Pra manter uma estagnação na doença da minha mãe já se vai quase metade do que recebemos, os remédios e as terapias consomem muito do nosso dinheiro e mesmo assim parece que nada muda, só regride. Eu amo minha mãe e me dó tanto ver ela só trancada em seu quarto, sem ver nem a luz do dia e ouvindo seus choros toda noite, é difícil pra mim.
Eu ainda não tinha saído de casa para ir ao estúdio de Jack, eu estava preparando o café para minha mãe e procurando algum emprego temporário nos jornais, esse mês minha tia Claire iria vir nos visitar e trazer algumas coisas de Nova York, eu queria poder aproveitar para ir na casa do meu avô Tony (n/a: eu sei que o nome do robert vai ser Anthony, e o sebastian vai ser anthony também, mas vcs sabem... primeiro filho usa o nome do pai com o júnior depois KKKK) e ver meus outros tios, inclusive o tio Chris, que eu não o vejo desde quando viemos pra cá pela primeira vez.
- Dodger, vem comer!- Eu chamo o nosso cachorro mais velho e ponho a sua vasilha no chão, com ração dentro, vendo o mesmo chegar.
Ponho também a comida de Foxy e os legumes de Linda, fazendo todos virem automaticamente para cá. Assim que termino de arrumar tudo, eu ponho na bandeja as comidas que ela gosta e pego a mesma, indo subir as escadas. Eu paro em frente ao quarto da minha mãe e bato antes de abrir:
- Mãe? Seu café!- Eu tento falar sem berrar e vou abrindo a porta devagar
Vejo o quarto totalmente escuro e apenas com alguns raios de sol entrando, mas nada que fosse interferir na escuridão maior do quarto. Sua cama estava uma bagunça e ela continua deitada na mesma, os remédios caídos pelo criado-mudo e alguns papéis amassados pela cama e chão.
Eu me aproximo dela e a mesma se senta na cama, forçando um sorriso que logo se desmancha, eu ponho a bandeja ao redor de suas pernas e beijo sua testa, alisando seus cabelos e a olhando de forma serena:
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O Sócio do Meu CEO ━ Volume 1
RomanceFoco,dedicação e trabalho. Essas três palavras são as mais importantes e principais dentro da Cooper Business Enterprise, a melhor e mais bem-sucedida empresa de negócios imobiliários e engenharia mecânica e civil de Nova York. Dentro de uma real...