A outra [FINALIZADO]

Capítulo Oito - Os segredos também nos unem

- Philipe. - Assim que seu amigo permitiu Celine finalmente cumprimentou o belo homem atrás deles.

- Celine. - Saudou o cavalheiro que há seis anos era a escolta pessoal do príncipe. 

Como um dos melhores lutadores do reino George confiava nas habilidades de sir Philipe Lawrence o suficiente para encarregar seu bem-estar a ele sem precisar de todo um batalhão ao seu lado como fazia todos os seus seis irmãos mais velhos. 

Mas o que todos não sabiam era que o príncipe não só confiou ao seu cavalheiro sua vida, mas também seu coração. 

Os dois eram amantes a quase quatro anos e tão unidos que Celine duvidava ter em seus vinte e seis anos de vida alguma vez encontrado um casal mais amoroso quanto aqueles dois. Estava feliz pela realização amorosa de seu amigo, mas lamentava o fato do destino tê-los feito do mesmo gênero.

Por motivos óbvios nem mesmo George com toda sua posição e riqueza poderia anunciar seu relacionamento sem correr o risco de colocar uma corda no pescoço dos dois. Mas apesar daquele horrível fato os três amigos podiam ver um ponto positivo naquilo, pois foi aquele segredo em comum que uniu suas vidas para sempre. 

Três anos antes toda a corte estava presente para celebrar o aniversário de sua mãe. No salão principal George entediado havia se embriagado até que seus sentidos sumissem e só lhe restassem seus instintos mais primitivos. Deixando que os tais instintos tomasse conta ele observava com lasciva Filipe o escoltando a distância usando seus melhores trajes. Tomado pela luxúria ele convencera seu amante a fugirem para uma saleta qualquer e em um raro descuido - causado pela bebida - o príncipe não trancara a porta preocupando-se em vez disso em tirar de modo faminto as roupas do homem que amava. 

Foi quando naquele momento que Celine, agarrada aos trajes de Saymon e rindo pelos efeitos da mesma embriaguez surgira no cômodo com o objetivo de fazerem o mesmo. 

Assim que o quarteto se chocara foi como se o tempo houvesse parado... 

Contrariando todo o senso comum e a lógica do seu tempo, a condessa viúva após encontrar um príncipe cavalgando seu cavalheiro sobre uma mesa de escritório fizera um "Oh" ligeiramente surpreso, uma tropega mesura e como se estivesse levando um cachorrinho para um passeio agarrando a gola de um conde chocado ela ria saindo cambaleante a procura de um novo local em que pudesse continuar a realizar suas aventuras. 

Apavorado George imediatamente a procurara com planos de intimida-la ponderando até o uso da força se fosse necessário. Mas assim que irrompeu no meio da noite em suas propriedades portando uma espada na direção de seu coração, a condessa ainda bêbada riu com sua postura desengonçada, revelou o desdém pela realeza e seu pouco interesse pelos casos de um príncipe inglês. Chocado e admirado com aquela nobre, George se juntando a ela em uma risada descontrolada imediatamente convidou a estranha mulher para visita-lo. 

E foi assim que unidos por um ácido senso de humor e uma terrível reputação a condessa libertina e o príncipe desvirtuado formaram uma estranha e chocante amizade. 

- E como está a vida da minha Line essa tarde? - Sua amiga entrelaçava os braços nos seus enquanto seguiam em mais um passeio público sob os jardins do palácio. 

- Temo que minha vida não ofereça grandes mudanças para diverti-lo considerando que só se passaram dois dias desde sua última visita. 

- Uma eternidade certamente. - Respondera ele dispensando seu sarcasmo. - Vamos tem que haver alguma novidade! Qualquer coisa que me distraia dos conselheiros do meu pai e suas tentativas irritantes de me fazerem casar com uma certa princesa espanhola.

- Eu soube que a beleza dela é estonteante. - Zombou ela.

- Aaah sim com certeza isso vai ser bem útil para garantir o sucesso do meu casamento. - Respondera ele revirando os olhos e fazendo Celine rir. - Um príncipe que odeia vaginas, uma princesa que mal fala meu idioma e uma corte inteira a espera de que mesmo com tudo isso eu a engravide. O que poderia dar errado?