Capítulo Quarenta - Segredos

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Encostada sobre a parede sua vigília teve que ser interrompida quando Zarina demonstrando nem mesmo um pingo de cansaço saíra do quarto de Cibelle carregando outra xícara de um chá medicinal. 

- Não precisava, mas obrigada. - Aceitou ainda sentindo as enjoos revirarem seu estômago e drenarem seu apetite.

- É o mínimo que posso fazer, nem nos conhecemos e você está fazendo tanto por mim. - Um sorriso sem graça recebeu a gratidão que Zarina exalava.

- Não desfaça as malas, não ficaremos muito tempo. - Avisou um segundo antes de ouvir um galope e logo depois ver o monte de cabelos ruivos tão únicos que só poderia ter herdado de um homem. - Zarina vá para o quarto de Cibelle agora. Diga a Vitor para se manter atento e não saia até eu dizer que pode.

- O que há?

- É apenas um pequena desavença familiar.

- Que desavença de família precisa de armas para solucionar? - Questionou vendo a arma em padrões de ouro e ferro de volta a sua mão.

- Isso é apenas no caso das palavras falharem. Vá e não deixe que Cibelle saia.

- Eu disse-lhe que se voltasse estaria morta

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- Eu disse-lhe que se voltasse estaria morta. - Sabendo que uma simples porta não o impediria Celine havia deixado aberta apenas esperando seu enteado e infelizmente inimigo entrar.

- Tenho meus motivos para retornar. 

- Humilhar meu nome? É esse o seu motivo? - Rugiu com os olhos negros derramando rancor. - Dei-lhe a minha propriedade mais cara, uma boa mesada e todos os luxos que necessitava para que se mantivesse longe e você tem a audácia de voltar?

- O Lune é meu por direito. - Respondeu com uma calma que o enervou. - Pertence a todas as condessas de Bath e foi da sua mãe antes de ser meu. 

- Não ouse menciona-la com essa boca suja! Já não basta a vergonha de ter a filha de uma prostituta manchando o lugar dela? - Pretendia com a calma forçada manter o tom da briga baixo, mas seus gritos zangados poderiam muito bem ser escutados por toda a pousada.

- Não se dê o trabalho de continuar gritando comigo. - Quase podia ver a loira enojada com ela do outro lado. - Retorne a sua propriedade meu querido enteado, não estou aqui por você e deixarei esse condado mais rápido do que pensa. 

- Não, você sairá hoje! - Celine se assustou ao ver a arma que ele manteve escondida atrás das costas se erguer em direção ao seu peito. - Eu não me importo com seus motivos! Você sairá hoje ou eu juro por Deus que a matarei e darei a sua carcaça o mesmo tratamento que você deu ao meu pai!

- Acha que Heitor ia querer isso? - O nome do falecido só fez o descontrole aumentar nas feições da cópia dele. - Ele não o criou para ser o tipo de homem que resolve os conflitos com uma bala.

- Ele não me criou para nada porque estava ocupado demais se importando com a puta da sua mãe! 

- Meça suas palavras, você não é o único que anda armado aqui. - Ameaçou mostrando a arma junto a raiva que o assustou. - Você já ofendeu a mim e a minha mãe o suficien_

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora