Capítulo Dezessete - A maldade é um carma que sempre volta

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Por quase uma hora Celine supriu sua vontade de pôr a cabaré de madame Baron abaixo só para dar o tempo que aquela loira precisava para absorver tudo. Como uma aluna esforçada ela passava por cima de seus recatos somente para estudar a forma que as mulheres abaixo enganavam os homens fazendo-os acreditarem que ir para a cama com eles era seus maiores desejos.

Tinha que dar créditos a Cibelle Herveston também, a inocência encantadora demonstrada em suas expressões eram de grande ajuda na tarefa de suportar aquele lugar que por anos foi sua prisão em vez de um lar.

- Vamos voltar?

- O que? Agora?

- Achei que seu desejo era partir o mais cedo possível daqui. - Comentou Celine divertindo-se com seu sarcasmo. - Perdoe-me por não conseguir interpretar suas mudanças de humor. Talvez queira descer e observar mais de perto também?

- Não! Está certa! - Interrompeu ela, sua inocência fazendo-a acreditar que sua sugestão era realmente séria. - Devemos partir.

Em meio a sua entorpecência a duquesa deixava-se ser conduzida por Celine até a saída. Completamente aérea ela estava tentando organizar as anotações mentais que fizera sobre a linguagem corporal daquelas mulheres quando sentiu seu corpo colidir com tudo nela.

Confusa Cibelle esfregando seu nariz se colocou ao seu lado tentando visualizar o que a tinha feito parar de caminhar. A temperatura de seu corpo fora completamente drenada assim que ela reconheceu o marido de Phoebe acompanhado de mais três nobres e quatro mulheres andando em sua direção.

- Lady Mar-

- Não se preocupe, ele não está vindo- Inferno! Ele está vindo sim!

- Podemos voltar!

- Vai atrair mais atenção!

- O que faremos então?

- Me deixe pensar!

- Não há tempo! - Chiou urgentemente, tirando um gemido frustrado da condessa.

- Vai ter que me perdoar por isso.

Antes que Cibelle pudesse sequer questionar sobre o que ela precisava perdoar seu rosto fora obrigado a se erguer no mesmo nível do dela e seu corpo todo foi direcionado a parede em uma distância tão pequena que seus seios quase se tocavam!

Subitamente trêmula ela observou o azul mais hipnotizante que já encontrara encarando os seus tão perto que Cibelle não conseguia fazer outra coisa além de tentar decifrar de que cor eram os pontos claros que lhe lembravam estrelas próximos a pupila e qual tom de azul eram aqueles rastros escuros que cercavam suas íris e faziam-na invocar a imagem de noites escuras.

No ínicio Cibelle os havia comparado ao mar, mas descobriu que estava errada. Os olhos dela não eram nada parecidos com a água... Eles eram como o céu noturno repleto das estrelas e da lua que toda noite presenteavam seu quarto e intrigavam-na com sua beleza misteriosa. Encantada por aqueles olhos a duquesa sabia que depois daquela revelação jamais veria a noite como antes outra vez.

Porém, outra coisa a perturbava também - e não eram o som dos passos do marido de Phoebe ficando mais altos - e sim a proximidade dos lábios dela. Sentia cada centímetro da respiração rasa da francesa tocarem sua boca numa carícia tão intensa e tentadora que de um jeito insano ela só queria encurtar a distância entre elas!

Buscando uma gota de sanidade ela tentou olhar na direção do marido de sua amiga, mas assim que se deparou apenas com o pano de seu capuz escondendo elas junto a cascata negra dos cabelos de lady Marchand rapidamente Cibelle entendera seu plano.

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora