Executando as ordens da duquesa para dar total assistência a Adika, Hadiya e Anaya permaneciam no quarto escutando logo a baixo o som distante da própria nobre manejar os homens inquietos - sob a crença de que estavam sendo demitidos - com uma surpreendente maestria. Depois do quarto retorno, todos viram a mãe dele finalmente se frustrar ao ver Amélia de mãos vazias outra vez.
- Eu procurei por toda parte, mas não encontrei nada que servisse. - Desculpou-se igualmente inquieta.
- Tem certeza? Ele não precisa de muito. - Insistiu observando preocupada, Adika tremer mesmo sob três camadas de lençóis.
- Esperemos um pouco, o médico prometeu voltar com roupas apropriadas.
Observando tudo e ansiando ajudar de todas as formas possíveis seu raciocínio sequer piscou antes de tomar uma decisão e um gritinho soou de uma das mulheres ao ver que Vitor em seu canto mais distante no cômodo começava a tirar a roupa.
"Garanto que está limpa, a coloquei essa manhã." Escreveu interpretando de maneira errada a expressão nada agradável que Zarina alternava entre a camisa e ele.
- Não é esse o problema! - Ralhou tentando manter os olhos fixos no rosto dele. - Vista-se agora!
- Não seja ingrata minha amiga, não vê que ele está tentando ser útil. - Ao contrário dela nenhuma das três mulheres fazia o menor esforço em olhar para cima.
- Isso Zarina, deixe o senhor Marchand ajudar.
- Pobre homem, vai recusar uma atitude tão... - Uma nada discreta inspeção de Anaya se demorou num ponto específico onde os músculos bem definidos encontravam o "v" perto da calça.
- Tão o que? - Insistiu Hadiya.
- Hã?
- Credo, ao menos termine a frase mulher.
Vitor se sentiu nu diante do exame delas e compreendendo finalmente o clima seu rosto adquiriu um tom escarlate que só provocou ainda mais o ar predatório delas.
- Acredito que o senhor queira pôr uma roupa agora. - Continuou Zarina cruzando os braços na altura do peito. - Embora os costumes estejam em constantes mudanças, temo que ainda não seja aceitável estar na seminu na presença de mulheres.
Decepcionado por não ver o sorriso que esperava, mas agradecido pela intervenção furiosa, Vitor entregando a camisa nas mãos dela imediatamente se apressou em direção a porta como se fosse uma presa correndo de leoas famintas.
- Ahhh... As formas que Deus me testa. - Gemeu a mais velha enfiando o rosto pelo corredor onde observou os músculos bem trabalhados se destacar com a fuga.
- Oh Zarina, por que teve que estragar nossa diversão? - Mais do que depressa Anaya se juntou a Hadiya também. - Sabe a quanto tempo não vejo uma beleza como esta?
- Uma perdição, certamente. - Ao se dar conta a mais tímida delas se apressou em emendar. - Quero dizer, ele parece ser um bom partido.
- Não parece ser apenas nisso que ele bom. - O dedo da líder apontando discretamente para as partes mais baixas onde todas relembraram do volume considerável as fez explodirem em gargalhadas.
- Já terminaram? - Rosnou Zarina ganhando a atenção delas. - Vocês estão perturbando meu filho.
- Certo... É o menino que parece mesmo o incomodado aqui. - Com a adição da camisa Adika dormia como um anjo.
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A outra [FINALIZADO]
RomanceLivro I da trilogia "Amores inimigos" "Amar ela era como caminhar de encontro a minha própria condenação." A secretamente abolicionista Cibelle Herveston é a grande duquesa de Manchester. Bela, recatada e devota. Ela foi descrita até mesmo pela rain...