Capítulo Ciquenta e Oito - A dança do destino(parte 2) [RETA FINAL]

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- Um criado disse que Zarina e Adika estão na mansão do marquês Crawford. Aparentemente há uma festa de boas vindas para eles no local.

"Posso esperar por você."

 - Não, você vai chamar o cocheiro no caminho até a mansão. O homem precisa fazer o trabalho dele de vez em quando. - Brincou ela aliviando seu nervosismo com um súbito abraço. - Precisa ser firme para o que está prestes a fazer meu amigo, por isso não desista até que sua futura família diga "sim" para você.

As palavras de encorajamento de Celine permeavam seus pensamentos e equivalente a sua ansiedade a fera negra abaixo dele galopava conquistando rapidamente a propriedade do marquês. Há metros de seu destino sua visão cogitava estar tendo ilusões, mas reconhecendo o garotinho de muletas se esforçando para chegar até ele, Vitor pulou do cavalo correndo irracionalmente até cerca-lo nos seus braços com um aperto feroz. 

Cheio de uma dor comparável a saudade que um pai sentiria de sua prole, ele encarou semelhantes olhos castanhos tentando dizer o quanto estava cheio de orgulho por encontrar-lo andando novamente. Zombando de suas reações exageradas, Adika cercava seu pescoço rindo alto, mas uma batalha de sentimentos acontecia dentro dele ao redescobrir no homem imenso do qual sentira intensa falta o amor paternal que haviam-lhe arrancado.

- Vejo que voltou. - Assim como o filho Zarina lutava com as próprias lágrimas ao se aproximar. 

Quando Vitor partira, tinha certeza que jamais retornaria, mas ali estava ele devolvendo cuidadosamente seu filho ao chão sem deixar de comtempla-la como se fosse a mulher mais preciosa do mundo dele. 

- Fez uma boa vi_

Ela não tivera tempo de concluir as amenidades, pois seus lábios estavam ocupados demais com os deles em um beijo possessivo que tirou os sustentos de suas pernas e a fez agarrar-se nele. Só o pigarreio de Adika era capaz de separa-los e sorrindo envergonhada ela notou as mãos trêmulas de Vitor tirando do paléto uma carta surrada e cheia de palavras riscadas.

" Durante minha viagem estraguei milhares de papéis e dezenas de canetas tentando pensar nas melhores palavras que explicassem o que estou prestes a fazer nesse momento, mas a verdade é que palavras não são o bastante para expressar o que sinto. 

Somente uma vida de ações podem mostrar a imensidão do meu amor e o que mais desejo é a chance dessa vida ao seu lado. Entendo os motivos pelos quais não seria bom estarmos juntos, mas eu não tenho dúvidas do que quero e vou trabalhar por cada libra até comprar sua liberdade e a de Adika, pois sem vocês percebi que não sou livre também. 

Zarina, amo seu filho e amo você e se permitir quero fazer de nós uma família. Por favor, pelo bem de tudo que é mais sagrado, acabe com meu sofrimento e responda a esse estúpido, nervoso e suado homem que está prestes a se ajoelhar a sua frente."

Um grito de euforia subiu conforme a platéia curiosa revelava-se nas janelas vendo o mordomo se ajoelhar mostrando o anel dourado onde um único rubi brilhava. Apenas uma pergunta emitia dele.

"Case comigo? " 

- O que está olhando, mamãe? - Brincou Adika observando o pavor lutar com a euforia jovial de no rosto dela. - Não sou eu que tem que dizer "sim".

Aquele era certamente um dia para trocar cartas e devolvendo o favor Zarina retirando os papéis do bolso do vestido se ajoelhou no nível dele e esperou até ter certeza de que Vitor lera suas alforrias e entendesse que era livre para dizer a palavrinha que os uniria como marido e mulher. 

- Sim. 

Outro grito os recebeu no instante em que ela agarrando seu paléto tomou a iniciativa do beijo nos longos segundos que seu "esposo" precisou para voltar a realidade, começar a agarrala-la beijando-a incontáveis vezes e correr até seu filho para uni-los em um abraço de felicidade. 

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora