Depois de horas revirando na cama Cibelle percorria o primeiro piso quando um som humano a guiou até a varanda onde o vento soprava os longos cachos de Zarina que trajava apenas uma camisola branca por trás de um casaco tão grande que só poderia pertencer a um homem.
- Ele foi embora. - Explicou observando os últimos vestígios de sua silhueta sumindo na escuridão. - Disse que iria para a França, mas que voltaria por mim.
"Certamente fora com ela." Pensou relembrando o motivo de sua insônia.
Por mais fortes que tentassem parecer, ambas notaram nos olhos vermelhos indícios de que choraram por eles.
- Isso é bom, não há motivos para entristecer. - O positivismo em sua voz não poderia ter soado menos patético.
- Eu pedi que não voltasse. - A expressão de dor que ele fizera ao ouvir sua resposta perturbavam continuamente sua cabeça. - E dessa vez acho que ele me ouviu.
- Aaah Zarina...
- É melhor assim. - Interrompeu dispensando a pena. - Ele pode ter percebido que não quer se envolver com uma negra e só esteja cumprindo seu desejo de voltar para o país dele.
- Você não acredita nisso.
- Não importa... Esse mundo nunca iria nos aceitar. - Fechando um espaço que jamais deveria ter sido aberto, Zarina enclausurou suas esperanças e sonhos de ter sua família feliz. - Somos inadequados demais para estarmos juntos.
Ainda que de maneiras diferentes Cibelle podê compreendê-la como se a sentença tivesse saído de seus lábios.
Ainda no mesmo país, mas um pouco distantes dali, os dois Marchand's compartilhando da mesma solidão esperavam na mansão particular dele o sétimo príncipe descer.
- Não precisa ir comigo.
"Onde você for eu vou." Comovida Celine capturou a mão dele que retribuiu com o dobro da força.
Unidos, eles sorriram agradecidos por sentirem a ligação diminuir a dor de deixar as mulheres que amavam para trás.
- Por que está de malas prontas? Irá viajar? - Pensando no pior seu amigo descia as escadas com uma pressa preocupante e sendo o oposto dele, logo atrás, Phillipe com os olhos inchados e ainda usando pijama o seguia com uma calma farsante. Seu sangue militar sempre o fazia preferir analisar o ambiente primeiro e abrir a boca depois.
Como era de costume a condessa decidiu ir direto ao ponto.
- Preciso de sua ajuda.
- Celine eu estou em uma situação delicada com minha família, não posso me envolver em mais escândalos.
- Nem se o pedido fosse para me ajudar a destruir Saymon Ashworth?
Fazendo jus as reputações de serem o lado obscuro da nobreza nenhum deles demonstrou horror a sua proposta, pelo contrário pôde se perceber um sorriso sádico surgir quase que imediatamente.
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A outra [FINALIZADO]
RomansaLivro I da trilogia "Amores inimigos" "Amar ela era como caminhar de encontro a minha própria condenação." A secretamente abolicionista Cibelle Herveston é a grande duquesa de Manchester. Bela, recatada e devota. Ela foi descrita até mesmo pela rain...