Capítulo Quinze - Força

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No lado norte de Londres a resistência das paredes do Lune, mais uma vez eram testadas diante da ira de mais um inesperado visitante. Andando de um lado para o outro George se assemelhava a um pai tentando dar um sermão em uma filha amada, mas que graças a um comportamento rebelde necessitava de um puxão de orelha para ser corrigida. Fazendo o papel da garota Celine seguia sentada na poltrona do falecido marido com uma mão preguiçosa sobre o queixo e olhar displicente no rosto.

- Mulher inconsequente! - Esbravejou ele mal fazendo sua amiga piscar. - O que te deu na cabeça para levar a porra da mulher mais respeitada de Londres para o submundo?

- A duquesa me entretém. - Respondeu lançando um sorriso sarcástico a Philipe que de sua cadeira ao lado retribuiu com um olhar reprovativo.

- Você não se importa com mais nada além de não estar entendiada?

- Não, e se não se importa vou me retirar. - Brincou já se levantando. - Está me deixando entediada.

- Sente ai, Celine. - Ordenou a autoridade de um príncipe e mesmo ciente de que aquilo não subjugaria nem a unha bem feita da condessa ela em consideração voltou a se sentar.

- Você já não disse o suficiente no clube? - Perguntou se lembrando da tortura em forma de acusações por parte dos dois que levara duas horas inteiras.

- Não, com toda certeza não! E se você ainda deseja ter um pouco de paz nessa sua vida vai me escutar! - Ao notar a expressão séria de seu amigo Celine numa sábia decisão decidiu manter a boca fechada, mas não sem antes soltar um bufo e uma insolência.

- Estou escutando.

Seguido por dois pares de olhos George continuava inquieto sua caminhada. As lembranças das duas juntas, do local e das condições o perturbavam tanto que ele mal conseguia formular sua bronca. A condessa libertina e a dama estimada? Aquilo era tão aleatório e improvável quanto sua amizade com ela!

Como aquilo ainda não tinha ido aos jornais? Ou tinha?

Com o assunto de sua pretendente espanhola perseguindo seu amado e ele, George não recordava a última vez que tinha lido um.

- Sinto que estou envelhecendo nessa sala. - Provocou o problema mais uma vez.

- Você enlouqueceu? Não! De verdade enlouquecera mulher? - Falou o príncipe despejando as primeiras palavras que lhe saiam em meio ao geleia que seu cérebro tentava organizar. - Para onde foi a inteligência da minha Line? Por que certamente está louca ou burra para começar a dar... O que lady Herveston chamou mesmo?

- Aulas de conquista. - Respondeu Philipe calmamente.

- Isso! Aulas de conquista! - Confirmou ele como se a palavra causasse confusão a sua língua. - Isso é claramente um plano para derrubar você Line!

- Do melodrama passou para o drama vossa alteza?

- Celine o escute por um momento, George está tentando ajudar.

- Obrigada, amor. - Um sorriso conspiratório rapidamente surgiu em Philipe e Celine revirou os olhos em clara desvantagem.

- Eu também pensei isso no começo, mas ela me deu sua palavra.

- Palavra? - Repetiu novamente rindo sem humor.

- Não estou sendo ingênua. - A expressão de pena nos olhos dos dois homens fizera a condessa se exaltar de vez. - Se trata de uma maldita troca! Eu ajudo ela a ter um casamento feliz e ela torna minha vida mais suportável com a maldita reputação dela para me defender! Satisfeito?

- Achei que não se importasse. - Ecoou Philipe repetindo sem saber as mesma palavras da loira alguns dias atrás.

"Por que todos achavam que ela era imune a tudo?" Resmungou um tanto amarga. "Inferno! As mulheres só não cuspiam em seus sapatos porque ela tinha rendas e babados finos para protege-los!"

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora