Segue aqui um sério aviso de advertência!
Esse capítulo contém fortes descrições de violência explícita, (mas, que infelizmente não fogem da realidade e dos quais essa pessoa não obtém o menor prazer em escreve-las) então se você é sensível apenas peça a autora que eu darei uma explicação mais branda do que acontece no capítulo.
Boa leitura.
- Tragam ela até o meu escritório. - Ordenou o duque dispensando os guardas com as armas erguidas e deixando apenas três deles ali.
Gritando Zarina esperneava lutando como podia para sair das mãos dos homens que grunhiam tentando manter a escrava no lugar.
- Senhor, minha perna.
- Segurem-na bem. - Alertou vendo um dos homens cair com um chute bem sucedido.
- Senhor, é um engano... Ela estava apenas me ajudando.
- E chamem a porcaria de um médico para a governanta. - Continuou vendo que alguns empregados já chegavam em confusão.
- Senhor, por favor não a machuque! - Rogou a velha para a surpresa de todos ali.
Cada vez feroz Zarina chutava e gritava conforme eles chegavam mais próximos do seu fim. O pensamento de seu filho sem ela lhe rendia uma força incomum. Cansados e cada vez mais fracos com aquela oponente inesperada, o terceiro guarda, irritado e com ego ferido pelo chute desferiu um soco furioso no rosto dela observando com alegria ela retroceder com dor.
- Faça isso de novo e corto sua mão. - Ameaçou Joseph relembrando o inferno parecido que formou sua infância. - Aqui não batemos em mulheres... - Lentamente os olhos castanhos da escrava o encararam com ira. - Mesmo que essa aí mereça.
Como um mecanismo que funcionava para atendê-lo enquanto Joseph adentrava no escritório seu mordomo ascendia as velas, uma empregada cuidava de aquecer o ambiente com a lareira e seus guardas já mantinham a escrava de joelhos esperando em prontidão seu veredito. Odiava aquela situação profundamente, mas no momento em que de verdade notou aquela mulher sabia que ela lhe daria problemas.
Escutando o título dela em cada pedido desesperado dos criados para que voltasse a dormir e ciente que assim como ele, ela não teria como não acordar com os gritos horripilantes na casa Joseph apenas esperou os segundos que se seguiram até sua afoita esposa chegar.
- O que estão fazendo? - Atrás dela uma empregada ainda tentava fazê-la vestir um xale para cobrir a pele exposta, mas sendo a aparência a última preocupação para ela, assim que Cibelle reconheceu a protegida no chão cercada por homens armados irrompeu furiosamente. - Soltem ela agora!
Vendo que o duque nada fazia para contesta-la os guardas desfizeram o aperto advertente nos ombros da escrava.
- Zarina, você está bem? - Perguntou erguendo sua cabeça curvada em derrota. - Seu rosto! Quem fez isso?
Um desvio de olhar para o exame julgativo revelou o culpado e feroz a duquesa na mesma hora desferiu um tapa tão forte que o homem - de quem Zarina por instinto mais odiava - por pouco não desequilibrara.
- Saiam!
Incapaz de compreender o porquê de tanta revolta por uma mulher que não valia nada o guarda contendo a fúria no olhar esperou o aceno confirmatório do duque antes deixa-los.
- O que está acontecendo aqui? - Perguntou Cibelle tentando entender quando uma noite aparentemente tranquila havia acabado com uma amiga ajoelhada e sua governanta ferida.
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A outra [FINALIZADO]
RomanceLivro I da trilogia "Amores inimigos" "Amar ela era como caminhar de encontro a minha própria condenação." A secretamente abolicionista Cibelle Herveston é a grande duquesa de Manchester. Bela, recatada e devota. Ela foi descrita até mesmo pela rain...