Capítulo Vinte e Seis - Um homem apaixonado

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Era notável para o mordomo e os empregados selecionados a tarefa rotineira de ajudar o duque a se vestir que o patrão não acordara em seu estado habitual. Mais de uma vez ele tivera que ser chamado para decidir qual peça usaria e para a decepção dos criados ele nem mesmo folheara o jornal daquela manhã no qual o nome da duquesa estampava a página de fofocas.

Com a cabeça cheia Joseph apenas realizava automaticamente seus hábitos, mas isso não era o fator mais estranho acontecendo com ele. Não. O mais estranho ali é que sua cabeça estava justamente ocupada com sua esposa... Ele pensava em Cibelle!

- Não, deixe-a dormir mais um pouco. -  Avisou o duque impedindo que a mulher abrisse as cortinas para deixar o sol entrar. 

Suas ordens acabaram por assustar as duas empregadas que imediatamente pararam de observar Cibelle na sua cama como se ela fosse uma atração de teatro. Infelizmente ele não poderia culpa-las. Toda vez que retornava ao quarto para pegar algo surpreendia-se em ver sua mulher ali. Era uma visão estranha, mas não podia negar que também era tentadora. Em outras circunstâncias Joseph tiraria excitado suas roupas até que pudesse ver como eram aquelas curvas por baixo do fino tecido, descobriria todos os segredos daquele corpo e rolaria com ela até que estivessem satisfeitos.

- Meu senhor precisará de algo mais? - Ignorando o olhar nada sútil da mais nova entre elas, ele negara e imediatamente se foram produzindo um baque alto demais na porta. 

Incomodada com aquele barulho a estranha em sua cama resmungara inconscientemente o procurando e em silêncio Joseph se aproximou dando a ela o que queria. Assim que suas mãos se tocaram e ela a agarrou um sorriso surgira enquanto uma Cibelle mais satisfeita imediatamente voltava a dormir. Próximo aquele sorriso um rastro de cor chamara sua atenção e utilizando sua mão livre Joseph separou os fios que esparramavam nos lençóis retirando uma flor branca de seus cabelos. 

- Por onde você estava? - Sussurrou seus sentidos em alerta máximo. Alheia a confusão dentro dele ela tranquilamente continuou desfrutando de seu sono.

Farto daquela inércia ele finalmente lembrou seu atraso e já estava prestes a sair pisando duro, quando a tempo seu cérebro voltando a eficácia o relembrou também de certos contratos que havia levado consigo para terminar, mas que graças a sua perfeita esposa não o fizera. Quebrando aquele contato tão rápido quanto faria ao tocar um inimigo o duque a deixara para seguir em direção ao seu escritório. 

- Isso é terrível

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- Isso é terrível. - Murmurou Zarina encarando o medíocre resultado naquela carta de alforria. 

Qualquer autoridade que fosse comparar as assinaturas com a do duque Herveston perceberia de cara que se tratava de um documento falso. Sua letra torta, tremida e infantil não chegava aos pés da caligrafia elegante de um nobre. 

Havia corrido risco atoa ao roubar aquele documento da pilha destinada a escravos que fossem libertos pelo duque. Chegara até mesmo a esperar alguns dias por segurança, mas surpreendentemente ninguém havia notado a perda de um papel tão importante. Seu maior desgosto na noite em que fizera isso, não fora a de novamente estar roubando, mas sim de ver que nos documentos acumulavam poeira.

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora