Capítulo Trinta e Dois - Recomeço

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Em silêncio Zarina terminava seu café da manhã observando a distância as cinco mulheres junto a um dos chefes mais talentosos do país trabalharem na próxima refeição. Já que tinha planos de fugir o quantos antes de Herveston Hill ela não se incomodara de lembrar seus nomes e nem queria. Pelas suas origens algum eram gentis com ela, mas a maioria desviava como se ela portasse alguma doença na pele.

- Está indo para o escritório do duque não é? - Um exemplo dessas pessoas a interceptou assim que ela se levantara da cadeira. - Leve esses doces para a duquesa, ela precisa comer mais.

- Mas ela já está comendo melhor. - Rebateu calmamente a assistente, uma mulher de cabelos castanhos e origem latina.

- Não o suficiente. - Respondeu autoritariamente antes de se voltar para a escrava mais uma vez . - Agora vá antes que eu acorde o duque para dizer-lhe o que fez.

Em discordância Zarina vira alguns deles rolarem os olhos discretamente. Todos estavam agradecidos por aquela insolência, pois atribuíam a melhora da patroa a visita da misteriosa condessa de Bath.

- O duque Herveston tem ficado tanto tempo aqui. - Aquele simples comentário era a deixa para começarem a típica fofoca do dia.

- E está achando ruim? - Rebateu a ruiva que pelo que Zarina suspeitava ser uma imigrante ilegal. - É uma benção ver um homem bonito aqui de vez em quando.

- Do que está falando? Graças a senhorita Afar podemos ver aquele pedaço de mal caminho passear pelos jardins também. - Provocou a mais nova do bando, uma cigana orfã que só tinha alguns anos a mais que seu menino.

Para desânimo das mulheres ela não engolira a isca e todas rapidamente desistiram de arrancar mais detalhes da vida amorosa que ela com toda certeza não tinha intenção de ter.

- Dizem que ele se demora porque quer passar mais tempo com lady Herveston. - Continuou a ruiva.

- Espera! Você acha que a duquesa finalmente está grávida? - Em choque todos pararam brevemente suas atividades. - Afinal, que outro motivo o duque teria para ficar tão alerta com a saúde dela?

Apenas o mordomo e a governanta sabiam que a preocupação era gerada pelas revoltas escravistas.

- Quando meu querido descobriu não saiu de perto de mim. - De pronto o chefe corou sorrindo para esposa que mais uma vez gestava o sexto filho deles.

- Isso explica o isolamento...

- E de não vermos mais aquelas mulheres da vida aqui...

De repente apenas o borbulhar dos alimentos na panela foram o único som.

- As coisas tem andado tão interessantes por aqui! - Explodiu a mais jovem com um gritinho empolgado.

- Vocês parem de fofocar e voltem logo ao trabalho! A comida não se preparará sozinha.

- Sim, senhora Haden. - Repetiram todos em uníssono.

Farta com tanta frivolidade Zarina pegando a bandeja com as sobremesas rapidamente fez todo o longo caminho que dava até o escritório. Como já fizera milhares de vezes mais uma vez sua mão ia em direção a madeira quando seu nome sendo mencionado por uma voz que não era a da sua dona a fizera parar.

- Eu estava certo então.

- Sim, meu senhor. Tenho provas de que a senhorita Afar tem roubado este lar. Vi com meus próprios olhos ela roubar os brincos da duquesa.

- E onde estão?

- Não sei meu senhor. Sei que ela os esconde em seu quarto, pois é o primeiro lugar em que ela vai após o roubo. Até fiz uma procura discreta em seus aposentos enquanto ela estava com a duquesa, mas temo que tenha os escondido muito bem.

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora