Capítulo Vinte e Cinco - O impossível é alcançável

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Quanto mais via a loira distante do perigo que aquelas pessoas exalavam, mais as batidas nervosas do seu coração acalmavam-se.

- Me desculpem, estraguei a noite. - Murmurrou ela quebrando o silêncio que preenchia o campo aberto da vila.

- Do que está falando? Nossa noite não terminou! - Respondeu George transformando aquele toque falso em um aperto amigável e protetor. - Na verdade vocês fizeram um favor, quem quer celebrar junto a pessoas tão desagradáveis? Não é mesmo Philipe?

Um pouco mais a frente o cavalheiro virou-se captando a intenção do amante.

- Havia me alistado para viver uma vida longe daqui mesmo.

Reconhecendo o que estavam tentando fazer a condessa sorriu agradecida.

- Não falarei sobre o que acho que eu vi se não estiver de acordo. - Sussurrou George para ela. - Mas, Celine há um motivo para sermos tão cuidadosos!

- Vocês não são tão cuidadosos quanto pensam. - Uma voz baixa lentamente se sobrepôs entre eles e todos pararam para escutar a duquesa falar. - Todos na corte suspeitam que são amantes, apenas não trazem isso a tona porque seria o mesmo que admitir que não somos perfeitos.

A mão de Phillipe que ainda segurava a de Cibelle se afastou como se ela tivesse queimando-o.

- Provavelmente não se lembrará, já que fora há mais de dois anos atrás, mas em uma das audiências com a rainha, me perdi no castelo e estava tentando encontrar uma saída quando o vi entrar num quarto com seu cavalheiro aos beijos. - Celine viu seus amigos engolirem em seco e ela imediatamente temeu por eles. - Me convenci de que havia enganado-me e não comentei com ninguém, porém eu vejo como se olham e embora acreditem que não, escuto o que sussurram um para o outro... Vossa majestade e sir Phillipe tem escondido que são amantes para o reino inteiro.

- Meus parabéns por sua descoberta! Então o que fará com essas informações? Nos denunciar? - Apesar da sua tentativa em parecer ameaçador todos viam o príncipe tremer amedrontado.

- Vivo um casamento de fachada, entrei em um acordo com a amante do meu marido e nesse momento estou fugindo as escondidas, enquanto magoou as pessoas que amo... Quem sou eu para julga-los?

- Não vai nos denunciar? - Perguntou o cavalheiro incapaz de esconder seu choque.

- Não.

George sentiu suas pernas enfraquecerem com o alívio avassalador que o tomou enquanto tentava manter a respiração sobre controle. Por anos sua vida estava nas mãos daquela mulher e durante todo aquele tempo ele nem mesmo esconderá seu desdém pela imagem perfeita dela!

Bastava apenas que ela fizesse as acusações certas e nem mesmo sua mãe poderia livra-los das consequências! No melhor dos cenários, devido a sua posição suas opções estariam entre abdicar do título ou viver em isolamento! Mas, a sentença para Philipe seria bem pior... Uma lenta tortura seguida de uma morte pública horrível.

Exergando os vestígios do medo varrerem os olhos do amante ele aproximando-se tomara a mão do cavalheiro levando-o para longe onde pudessem encontrar a paz nos corpos um do outro.

- Para onde eles vão? - Perguntou Cibelle inocentemente.

- Você nem mesmo se deu conta do que acabou de revelar, não é mesmo?

- Apenas disse a verdade. - Respondeu ela com simplicidade. - Eles estão bem?

- Ficarão. Por que nunca os denunciou?

- Não serei a responsável pela morte de ninguém. Já faço mal suficiente com minhas falhas.

- Você não tem falhas. - Sussurrou Celine fraca pelo mesmo medo que seus amigos experimentaram. - Obrigada, por manter meus amigos vivos.

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora