Capítulo Trinta e Cinco - Dois passos para trás

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- Tem certeza que você não quer que eu vá com você? Nem deveria estar fora de sua cama Ilda. - Repetia Cibelle pela quinta vez seguida empurrando a cadeira de rodas para ela.

- Eu preciso fazer isso, peço somente que mantenha-se no corredor como lhe instrui, minha senhora.

- O que espera conseguir? - De prontidão assim que os guardas as viram o dedo da duquesa foi aos lábios e em rápido entendimento eles acenaram retomando suas posições. 

-  Acredito que ela tenha motivos fortes para fazer o que fez. - Quanto mais próximos chegavam mais as vozes iam assumindo um tom sussurrante. - Preciso descobrir quais eram e preciso que testemunhe, quem sabe podemos convencer o duque a deixa-la ficar.

- Muito bem, ficarei para escutar. - Concordou com a inclinação orgulhosa de um sorriso.

- Você estava certa duquesa, meus atos foram tão infantis e imperdoáveis que nem me sinto apta a governar Herveston Hill. Porém, eu não quero que a senhorita Afar saia dessa casa sem ter recebido de volta o gesto solidário que ela me deu. 

Em um movimento inesperado de afeto um beijo carinhoso foi até a bochecha enrugada fazendo a governanta corar surpresa.

- Vá. 

Momentos mais tardes Ilda só conseguia agradecer por ter uma cadeira de rodas para ampara-la, pois, feridas ou não suas pernas teriam sido incapazes de manter seu corpo quando Zarina terminou de contar sua história

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Momentos mais tardes Ilda só conseguia agradecer por ter uma cadeira de rodas para ampara-la, pois, feridas ou não suas pernas teriam sido incapazes de manter seu corpo quando Zarina terminou de contar sua história.

- Não, está enganada... A duquesa nunca faria algo tão horrendo assim! A vida dela é resgatar pessoas como vocês! - Protestou não conseguindo imaginar sua patroa colaborando com algo tão atroz e desprezível.  

- É verdade! Sua preciosa duquesa não passa de um monstro! Ela mentiu para mim assim como tem mentido para todos com essa maldita farsa de samaritana. - Respondeu Zarina lutando com as lágrimas que caiam sem cessar. - Eu acreditei nela, acreditei que ela nos salvaria e agora não sei mais o que fazer... Perdi minha única chance de encontra-lo.

- Não perdeu. 

Havido esquecido completamente que ela estava ali, em conjunto com Zarina, Ilda olhou surpresa para a porta de onde sua senhora saia. Nem mesmo os homens que haviam vivido a guerra conseguiam ocultar suas reações com os relatos que ouviram. Mas, diferente do horror que tomavam os olhos deles o da duquesa estava assombrado por um peso ainda maior.   

- Está certa do que disse? Não havia nenhuma oferta pelo seu filho? - Questionava tentando compreender.

- Não, não vou deixar que continue a zombar do meu filho assim!

- Responda a pergunta, Zarina.

- Sim, eles me mostraram os documentos de compra, havia apenas o meu nome assinado pelo duque. - Rosnou devolvendo a mesma seriedade no tom dela.

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora