Capítulo Dezesseis - O poder que habita na mulher que sabe jogar

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Naquele mesmo dia quente, Cibelle estava com alívio terminando de lidar com os últimos documentos quando num rompante a governanta aparecera com os olhos arregalados de espanto. Desajeitada ela tentou esconder os papéis e notando sua atitude inaceitável, tentando recuperar seus modos Ilda - graças aos acontecimentos de algumas horas atrás - fez uma mesura implorando com mais afinco que o normal o seu perdão.

- Aconteceu algo? - Perguntou a duquesa se pondo em pé para esconder seu segredo dos olhares curiosos dela.

- Se trata de um convidado inesperado minha senhora. - Esclareceu a velha ainda horrorizada com a aparição de uma mulher tão vulgar. - A condessa de Bath se encontra na sala de visitas e ela deseja encontra-la.

Seu coração deu um salto e de repente Cibelle só queria atender ao pedido dela o mais rápido possível.

- Mande que preparem chá francês e alguns biscoitos. - Pediu ela com tamanha pressa que fez sua governanta sair em segundos.

Escondendo os documentos de uma maneira porca atípica, Cibelle amaldiçoou sua aparência desleixada notando seus dedos e a falta da preciosa maquiagem para deixar sua pele pálida da maneira certa e suas bochechas mais vermelhas que o natural. Porém, sem tempo ela nada pôde fazer além de alinhar seu vestido branco e descer as escadas em direção a sala de visitas.

Assim que viu Celine Marchand mais bela do que ela nunca seria, um êxtase aliviante despejou em seu coração por vê-la inteira e como no dia em que a visitara pela primeira vez a duquesa de Manchester não pôde parar que sua voz emitisse sua emoção

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Assim que viu Celine Marchand mais bela do que ela nunca seria, um êxtase aliviante despejou em seu coração por vê-la inteira e como no dia em que a visitara pela primeira vez a duquesa de Manchester não pôde parar que sua voz emitisse sua emoção.

- Graças a Deus... Você está bem! Quer dizer você parece bem. - Chamando sua atenção a condessa se virou da janela onde contemplava o famoso jardim dos Hervestons para encara-la e na mesma hora em que a olhou o azul da noite naqueles olhos arregalaram.

Embaraçada com seu estado deplorável Cibelle uniu suas mãos atrás de suas saias e encarou timidamente o chão.

- Eu estou bem. - Mumurou Celine embasbacada com a visão a sua frente.

Se não fosse por sua voz e suas roupas para identifica-la ela teria achado se tratar de outra pessoa... Cibelle Herveston sem toda aquela maquiagem era de tirar o fôlego!

- Estava tão preocupada. - Continuou ela migrando aqueles castanhos flamejantes de maneira nervosa entre ela e o chão. - O que ocorreu?

- Estava preocupada por mim? - Pelo visto seu cérebro ainda não funcionava perfeitamente, por que ele insistia em repetir as palavras dela.

Cada neurônio seu parecia estar ocupado demais tentando gravar os detalhes daquele rosto. Sem todo aquele pó para cobri-la a pele sedosa daquela mulher brilhava para ela, talvez estivesse branca demais pela falta de sol, mas era linda mesmo assim. Livre do branco e do blush exagerado da moda, ela se avermelhava sobre as bochechas num adorável tom de rosa com sua timidez, e possivelmente Celine estava visualizando demais, pois até seus cílios eram maiores do que achava e sua boca pequena e cheia dispensava qualquer cor.

A outra [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora