- Mande essa mensagem para o detetive Jhonson, informe a ele que o assunto é de extrema urgência e que quanto antes ele conseguir o que quero, mais receberá pelo serviço. - Instruiu Celine entregando a carta selada para seu amigo que contendo a curiosidade pelo conteúdo apenas apontou a cabeça em direção a porta ao lado onde Cibelle estava. - Preciso que traga a senhorita Afar até aqui também, diga que a duquesa exige a presença de sua criada pessoal. Mostre ao mordomo essa carta e ele não irá se opor.
Por mais que seu próprio mordomo tentasse ocultar até um cego veria a felicidade apaixonada em seu rosto.
- Escute-me, aparentemente a senhorita Afar foi ferida por um soldado da coroa. - A alegria foi substituída por uma intenção assassina. - Não é grave, mas você não irá gostar do que vai ver... Lhe rogo para que não faça nada precipitado. Ela lhe dirá o que aconteceu.
Mesmo a distância ela pôde escutar os passos enfurecidos do seu mordomo assim que ele saiu para executar suas ordens e quando mais passos se juntaram ela franziu o cenho escutando-os se aproximarem da sua porta segundos antes de ela se abrir num rompante.
- Me perdoe condessa, não pude para-lo. - Disse sua nova governanta esbaforida.
- Tudo bem, volte ao trabalho. - Meneou para a senhora de reputação duvidosa que acenou se retirando. - Peço que faça silêncio sua esposa teve uma noite difícil.
- Por que Cibelle está aqui? - Ocultando sua surpresa Celine deu uma boa olhada no ex-amante.
- Depois do que fizera o que esperava? Ela não quer vê-lo e o único lugar onde ela poderia ir a mãe deixou claro que não é bem-vinda. Ela não tem escolha a não ser estar aqui.
- Em que quarto você a colocou? Ela voltará para casa nesse instante!
Suado, nervoso e enfurecido o perfeito duque Herveston parecia mais humano que nunca para ela.
- Joseph, sente aqui. - A contra gosto ele sentou na cama próximo aos seus pés. - Sabe qual é a coisa que mais gostava em você quando estávamos juntos? - Mesmo inquieto ele esperou sua resposta. - Sua paciência. Embora me desejasse você não correu desesperadamente até mim igual a todos os outros. Em vez disso você preferiu analisar a situação e esperar pela oportunidade certa de vir até mim. É esperto o bastante para perceber quando é a hora certa de agir... Foi como conseguiu alavancar sua empresa e ter o comércio da Inglaterra na palma de sua mão. - Por esse motivo ele também havia sido seu caso mais longo, tanto na cama quanto fora dela Joseph sabia como entretê-la, porém Celine não revelaria isso. - Mas, quer saber de uma coisa? Eu não estou vendo isso hoje em você.
- Eu entendi. - Respondeu reconhecendo amargamente o que ela via. - Então ela te disse o que aconteceu?
- Sim.
- Não falará nada?
- Sua consciência já deve ter dito o suficiente. - Ambos sabiam que não existiam inimigos piores que os demônios na suas cabeças e isso era mais do que suficiente para aplacar a raiva que sentia dele por ter deixado Cibelle naquele estado.
- Ela está bem?
- Você a destruiu, Joseph. - Em respostas os olhos tremeluziram afetados. - Não vou permitir que a leve sabe disso. Se ela quiser voltar será porque assim desejou.
- Está bem, você tem razão. - Meneou encarando o corpo exuberante parecer abatido recostado ao dossel da cama. - Não disse que se livrara de todos os meus presentes?
- É seda imperial. - Simplificou percebendo o olhar dele sobre o robe caro que usava, especialmente onde a abertura revelava suas pernas nuas.
Embora as lembranças falassem alto entre eles, Joseph estranhamente não se aproveitou daquela situação... Mesmo diante dela seus pensamentos não deixavam Cibelle.
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A outra [FINALIZADO]
RomanceLivro I da trilogia "Amores inimigos" "Amar ela era como caminhar de encontro a minha própria condenação." A secretamente abolicionista Cibelle Herveston é a grande duquesa de Manchester. Bela, recatada e devota. Ela foi descrita até mesmo pela rain...