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BAILEY

Ver Sofya dançando era extremamente demais para mim, eu não a teria naquela noite, e sabia que ficaria apenas na vontade, isso estava me matando.

Meu ciúmes marcou presença quando o garoto que se aproximou dela colocou a mão na sua cintura e começou a dançar junto.

Ela estava seguindo em frente, eu também precisava, mas parecia difícil estar no mesmo lugar que ela e ter olhos para outra garota.

Respiro aliviado quando ela sai dali e vai até o bar.

Tudo bem, eu estou parecendo um perseguidor seguindo ela com o olhar, mas eu só queria falar com ela sobre hoje mais cedo, não queria que ela se sentisse desconfortável na casa dos meus pais por minha causa.

Meu coração acelera um pouco quando a vejo vindo em minha direção.

— Vai mesmo ficar me perseguindo com seu olhar? — perguntou ao se aproximar, sua voz estava elevada devido ao barulho do lugar.

— Eu preciso conversar com você, mas aqui não vai dar. — respondo.

— Aonde vamos então?

— Vamos lá pra fora, está mais tranquilo lá.

Sofya concorda, já ia pegar em sua mão para sairmos juntos, mas quando ela notou a aproximação da minha mão com a dela, afastou-as imediatamente.

— Pronto, sobre o quê quer conversar? — a loira perguntou ao chegarmos na entrada da boate, que como presumi, estava mais tranquilo que lá dentro.

— Não precisa se sentir desconfortável na minha quando eu estiver, você sabe que é bem vinda lá.

— Eu sei, mas é que foi tudo rápido demais pra digerir.

— Você não está fugindo de mim, está? — perguntei, estranhando sua distância de mim.

— Não tenho motivos para isso.

— Então porquê não se aproxima mais? — não sei se ela realmente queria, mas eu queria, senti falta dela.

— Quanto mais longe, melhor para nós. — respondeu desviando seu olhar para outra direção.

— Sô, eu senti sua falta... Ver você na pista de dança não foi nada fácil para mim. — digo espontaneamente.

— Não me chama de Sô, por favor, Bailey... — disse baixo.

— Me desculpe, mas foi difícil ficar te vendo na pista de dança com outro.

— Foi difícil pra mim, tentar seguir em frente e você não estar ajudando nisso. — respondeu cruzando os braços, finalmente voltando seu olhar para mim.

— Agora virou competição de dificuldade? — brinco tentando amenizar o clima, mas Sofya pareceu entender mal.

— Então você perdeu. — respondeu na lata — Adivinha quem passou a semana inteira fingido que estava bem para todos os nossos amigos? Isso mesmo, eu!

— Sofya... — antes de dar continuidade, a garota me impede.

— Eu tive que fingir que ainda estávamos juntos mesmo sem estarmos, Bailey. — sua voz estava fraca.

— Eu pensei que você tivesse dito para eles.

— Não teve como, eu não fiquei junto com os outros na sua casa quando você foi embora, eu fui correndo para a minha. — deu uma pausa e respirou, tentando regular a respiração — Eu chorei o resto do dia até dormir! No outro dia não fui para a escola e quando soube que ninguém sabia do término desejei faltar o resto da semana.

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