Sob As Estrelas ✨

.58.

Acabei de aparecer de surpresa e vocês devem estar se perguntando o porquê, já vos explico que como eu quase perdi essa conta, prometi para mim que se conseguisse recuperar, postaria um novo capítulo até segunda (hoje), no máximo. 

E aqui está, espero que gostem, boa leitura.

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Terça feira, 23 de março

SOFYA

Minha cadeira de rodas é empurrada pelo extenso corredor daquele hospital, sinto minha respiração acelerar ainda mais com toda aquela expectativa ao meu redor. Me acalmo um pouco apenas quando ouço um enfermeiro gritar que uma sala de parto estava pronta para me receber.

- Com licença, quem é você? – escuto um dos enfermeiros perguntar para alguém que estava trás de mim, e antes que eu pudesse virar minha cabeça para saber de quem se tratava, uma contração veio, mais forte dessa vez, então fiquei parada, tentando controlar minha respiração.

- Eu sou o pai. – reconheço a voz de Bailey e então o vi parar ao meu lado, enquanto chegávamos perto da sala. – Vai ficar tudo bem. – ele dz, tentando passar tranquilidade, tanto para ele, quanto para mim.

Entramos na sala de parto, e como já era de se esperar, a cor predominante era o branco, alguns profissionais já estavam me esperando. Sou levantada com a juda de alguns enfermeiros e logo me deito na maca, perdendo Bailey de vista, que havia seguido um outro alguém dentro daquela sala.

Como estava de vestido, não foi necessário que eu trocasse de roupa, apenas levantaram a parte rodada um pouco acima do meu umbigo, e posicionaram minhas pernas nos apois laterais da maca.

- Tudo bem, mamãe, você chegou aqui com a bolsa estourada, seu bebê aos poucos está nascendo, precisamos de sua ajuda agora, está bem? – o médico, com cabelos escuros debaixo da toca quase transparente me perguntou, e eu apenas concordei com a cabeça, fazendo uma careta ao sentir outra contração vir.

- Cheguei, estou aqui. – Bailey diz, ficando ao meu lado e segurando minha mão. Agora o filipino vestia uma espécie de roupa apropriada para o hospital, com uma touca na cabeça. – Eu estou ridículo nessa roupa, não estou? – perguntou enquanto fazia bico.

- Não, não está. – o respondo, continuando a controlar a respiração como Yonta havia ensinado. – Te garanto que minha situação não é uma das melhores. – completo.

- Qual é? Me comparar com você é jogo baixo, eu sempre vou perder, por mais bonito que eu seja. – rebateu com ar de riso, e eu até tentei rir, mas logo fechei os olhos fortemente quando senti as contrações virem, agora mais frequentes.

- Papai, continue conversando, apoiando e ajudando a mamãe, as contrações estão aumentando agora, o bebê está à caminho. – o mais velho nos avisou, enquanto olhava para Bailey.

Seguro a mão do filipino com mais força por tempo o suficiente, tanto que pude ver os nós dos meus dedos ficarem brancos. As contrações estavam mais fortes, minha respiração parecia incontrolável e a dor nas costas parecia que iam me partir ao meio.

- Sofya, olha pra mim. – Bailey pede, e eu o encaro sentindo o suor escorrer pela minha testa. – O Max está vindo, pode apertar minha mão o quanto quiser, tenta controlar a respiração e pode gritar, vai dar tudo certo, nós vamos conhecer nosso filho antes do que imaginávamos. – disse ao observar a movimentação do obstetra e seus auxiliares.

Concordo com a cabeça e logo fecho os olhos, arqueando um pouco as costas ao ser atingida por uma dor aguda perto da virilha. Minhas pernas pareciam esquentar com toda aquela dor que sentia, e então minha boca se entreabriu quando o doutor avisou que eu já podia começar a fazer força, para empurrar o bebê para fora. Tranco os dentes e solto um grunhido, levantando um pouco a cabeça, fazendo força até me faltar folego.