.52.

192 13 58
                                    

BAILEY

Abro lentamente os olhos ao sentir o cheirinho do café da manhã que pairava sobre o ar, mesmo tão cedo, minha barriga já tinha dado sinal de vida, avisando-me que precisava comer. Me dou conta de que agora eu realmente estava acordado quando olho os fios loiros bagunçados em minha frente, sorrio logo após perceber que estávamos em uma conchinha.

Com um pouco de dificuldade em tentar não acordar Sofya, saio da conchinha e me levanto, escutando um resmungo preguiçoso de Sofya e vendo a mesma se agasalhar mais no lençol.

Vou diretamente até o banheiro e logo faço minhas higienes matinais, tomando um banho frio logo em seguida.

Olho uma última vez para Sofya e vou até a cozinha, percebendo que só eu estava acordado, já que minha mãe estava fazendo algumas panquecas e meu pai cortando os morangos ao seu lado, pondo alguns na boca da minha mãe de vez em quando.

— O casal com melação logo cedo? — pergunto chamando a atenção deles, que sorriram ao me olhar.

— Caiu da cama, querido? — minha mãe perguntou e logo virou a massa da panqueca num gesto hábil.

— Não esquenta, ele só está falando isso porquê tá com abstinência de amor. — meu pai diz jogando os morangos fatiados num recipiente e os colocando na mesa.

— Pai, isso doeu. — brinco, pondo a mão no meu peito fingindo dor.

— Como foi o baile ontem? — o homem perguntou enquanto tirava o spray de chantilly da geladeira e colocava na mesa, ao lado dos morangos.

— Foi legal, aconteceu bastante coisa bacana... — respondo-o.

— Ah é? E como a Sofya reagiu? Os olhinhos de vocês brilharam quando se viram? Bailes são tão românticos... — falou minha mãe, colocando mais uma massa pronta numa espécie de torre que tinha se formado num prato que estava na mesa, logo voltando para o fogão novamente.

— E você e a Sofya, trocaram salivas? — perguntou meu pai, divertido, fazendo-me acompanhar na risada.

— Marcos! — dona Priscila repreendeu o encarando com os olhos semi cerrados.

— Não está mais aqui quem falou. — minha figura paterna diz, levantando as mãos em rendição.

— Pai, posso falar com você a sós? — pergunto me preparando internamente para tirar algumas dúvidas.

— Mas é claro, filho, nunca pensei que teríamos essa conversa algum dia. — meu pai diz brincalhão, mas logo sai da cozinha junto de mim.

Ao chegarmos na varanda que dava para o quintal, nos sentamos em algumas cadeiras do jogo de cadeiras rústico que a minha mãe havia comprado para decorar aquele ambiente.

— Queria te perguntar sobre algumas coisas... É que um amigo meu tá numa situação que eu acho que o senhor poderia ajudar. — digo encarando o homem que havia sentado em minha frente, o mesmo me encarou de volta.

— Tudo bem, prossiga.

— Então... Uma garota que ele gosta acabou engravidando dele, só que eles não, tipo... — procuro palavras enquanto desvio meu olhar do seu. — Eles não estão em um relacionamento, entende?

— Sim, entendo... — senhor Marcos me encarou com uma sobrancelha arqueada. — Mas como posso ajudá-lo? — indagou.

— É que eu queria saber como foi para o senhor saber e lidar quando a mamãe engravidou pela primeira vez. Queria dar algumas dicas pra ele, sabe? — pergunto coçando a nuca.

Sob As Estrelas ✨Onde histórias criam vida. Descubra agora