Sentimentos são

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Seguindo o plano estabelecido, em que Uma e Harry, junto ao rei Eric, iriam distrair Heitor e os demais, Mal foi até o castelo de Auradon para resgatar Bela. Ben e Arkin a acompanharam, caso encontrassem com alguém indesejado. Por mais que a primeira tentativa de invasão tivesse acabado em prisão para os dois garotos e na humilhação de Mal pelas mãos de Heitor, dessa vez acreditavam que seriam bem-sucedidos no resgate.

O plano de distração daria certo, Mal acreditava. Mesmo que alguém do trio de Heitor ficasse para trás no castelo, seria mais fácil derrotar um do que três.

Mal, Ben e Arkin atravessavam os jardins de maneira sorrateira. Até o momento, nenhum sinal de Heitor, Helena, Will ou o exército esquelético. Aparentemente, tudo estava dando certo para o plano.

Os três correram pelos corredores em busca de Bela. Mal torcia para que saíssem vivos daquela missão. Se deu conta que estava tão preocupada com Arkin tanto quanto com Ben. Desde quando havia começado a se importar com o rapaz? Talvez ele não fosse tão irritante assim. Balançou a cabeça, afastando tais pensamentos.

Devia focar na missão. Já havia falhado demais. Resgataria Bela a qualquer custo.

Tudo estava estranhamente vazio. Nenhum sinal de qualquer inimigo. Aparentemente, o ataque surpresa deu certo e todos foram correndo para impedir o ataque naval liderado pelo rei Eric.

Pela janela, Mal vislumbrou o Jolly Roger no ar. No momento, o rei Tritão disparava um raio poderoso contra o navio e Helena absorvia o poder com a espada. Foi quando Mal percebeu que não teria muito tempo até os inimigos derrotarem o exército do rei Tritão e fosse necessária a fuga do campo de batalha.

– Vamos rápido. – Mal chamou os rapazes.

Procuravam pelos quartos. Todos estavam vazios, até que Mal abriu uma das portas e viu a antiga rainha de Auradon em um estado deplorável. Estava no chão, chorando.

– Mal? – Bela perguntou com a voz rouca, surpresa. Os olhos estavam inchados, revelando as horas de intenso choro.

– Aqui, pessoal! – Mal chamou. – Vamos, Bela.

– Ben? Você o achou? – Bela perguntou se enchendo de esperança. Assim que o filho apareceu na porta, Bela correu para abraça-lo. – Fico tão feliz que esteja bem.

– Sinto muito, mãe. Se eu... Meu pai... Pelo menos vou salvar você.

– Ah, Ben. – Bela falou ainda abraçada com o filho. – Eu tenho que ficar.

– Do que está falando? – Ben perguntou sem entender.

– Se o que Heitor me falou for verdade, me resgatar é o menor dos nossos problemas.

– Mãe, a gente discute depois. Agora temos que ir.

– Não. Eu preciso ficar. Heitor... Heitor sabe mais sobre ela. – Bela mostrou um pingente dourado com o símbolo de Aurado em sua mão. A mão de Bela estava cheia de cortes e inchava. O pingente tinha algumas manchas de sangue. Bela o havia segurado com tanta força que havia machucado a própria palma.

– Quem?

– Sobre Beth. A minha primeira filha e sua irmã. Quem deveria ter sido a rainha de Auradon. –Mal, Ben e Arkin ficaram sem reação. Jamais haviam ouvido falar sobre uma irmã de Ben. Não existiam quaisquer vestígios sobre a filha de Bela e rei Fera no castelo. – Eu preciso saber mais sobre o que aconteceu com minha filha. Pegue o pingente. – Disse apressada, entregando o pingente para Ben. – Vá até Aurora com ele e peça que lhe contem a verdade sobre a barreira e Beth. Mostre o pingente. Não deixe que Phillip veja, ele tentará impedir que vocês saibam a verdade. Depois, encontre a Fada Madrinha. Se o que Heitor contou for verdade, Maligno ainda está agindo e precisaremos da Fada Madrinha.

Descendentes 4Onde histórias criam vida. Descubra agora