Para ir além

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Na manhã seguinte, Mulan convocou outra reunião. Apesar da noite de sono, todos estavam exaustos. Mal e Ben foram os últimos a chegar, ao mesmo tempo que a filha de Aurora e Phillip, Audrey, chegou trajando suas roupas mais escuras e com o cajado de Malévola na mão. Evie, Jay, Uma, Harry, Lonnie, Mulan e Shang estavam sentados na grande mesa redonda. Arkin era o único de pé, segurando o celular.

– Finalmente. – O filho de Anna disse quando o casal entrou.

– O que está acontecendo? – Mal perguntou, sentando na mesa com os demais.

– Erling e Jack terminaram de decifrar o mapa que Heitor te deu. – Arkin informou e tocou na tela do celular.

Em uma grande televisão na parede da sala de reuniões a imagem dos gêmeos, Erling, com seus cabelos brancos como a neve, e Jack, com seus cabelos negros como o breu, apareceram. Mal sorriu discretamente ao ver Jack, tão bem cuidado, com uma aparência muito melhor do que quando o encontrara.

– Oi Mal! Oi Ben! – Jack acenou animado para os dois que haviam o ajudado a ser resgatado da caverna de neve.

– Jack! Você está ótimo. – Mal cumprimentou feliz.

– O que aconteceu com a sua cara? – Jack perguntou, aproximando o rosto da câmera, fazendo Erling sumir da tela. – E seu braço?

– Ela pisou numa maçã e caiu de cara no chão. – Arkin falou, antes de Mal responder. Ele colocou a mão do lado da boca, cobrindo os lábios para Mal não ver o que dizia, mesmo que ela e todos os outros ainda pudessem ouvir. – Foi bem engraçado, se quer saber. – Arkin riu e olhou para Mal. A garota riu baixo, agradecendo internamente por Arkin tê-la poupado de ter que contar para mais gente sobre o infeliz encontro com o irmão mais velho. – O que vocês têm para a gente?

– Terminamos de traduzir os símbolos do mapa. – Erling disse, na sua típica frieza. Jack ajustou a tela para que todos pudessem ver os dois gêmeos. – Os símbolos são parte de uma esquecida civilização. São do idioma da lendária cidade de Atlântida. – Naquele momento, todos os olhares viraram para Jay. – O livro que Jack trouxe da caverna fala sobre essa cidade. No mapa de Mal, conseguimos associar os símbolos. Acima dessa seta apontando para a caverna está escrito "Caverna dos desejos" e "Lâmpada de Azula", que achamos ser o nome do gênio. – Erling explicou. – Mas o que mais chamou nossa atenção foi essa escritura aqui, ao lado do nome de Arendelle. Diz "Cajado". E tem esse semicírculo enorme no mapa. Acreditamos que esse seu mapa, seja parte de um mapa maior de Arendelle.

– Estamos procurando no livro algo sobre objetos especiais de Atlântida. – Jack acrescentou. – Mas como podem imaginar não é fácil procurar.

– Vocês ajudaram muito. – Mal respondeu. – Provavelmente mais do que vocês imaginam.

– Qualquer coisa que descobrirem, me avisem. – Arkin falou para os primos e desligou a chamada.

– Você está muito conectado com isso tudo, Jay. – Mal falou. – Atlântida e lâmpadas. Por favor, me diz que você sabe de algo que não sabemos.

– Eu sei que antes da barreira ser criada, meu pai foi para Atlântida. Ele conheceu a rainha Kida, que o levou para Atlântida, e os dois tiveram Kalila. Eu sei que Atlântida estava ajudando meu pai a encontrar outras lâmpadas do gênio. – Jay revelou. – Kalila ontem disse que Heitor roubou Atlântida. Esse mapa deve ser o que foi roubado. Ou uma das coisas.

– As coisas estão fazendo sentido até demais. – Uma falou inquieta. – Heitor jogou Ben lá na caverna e mandou você atrás dele com um mapa com símbolos de Atlântida. E lá, por ironia do destino, tinha um livro sobre o reino perdido. Um livro sobre Atlântida não parece algo muito comum para se ter por aí, mesmo que seja numa caverna mágica. Sem mencionar que vocês, "por acaso" encontraram o gêmeo do filho da rainha Elsa que estava preso lá. Não estou suspeitando nem dizendo que Jack está envolvido com Heitor, mas se tem algo que todos temos certeza é que Heitor é um manipulador e estrategista. Ele sabe da caverna, pode ter encaixado todas as peças. Kalila é de Atlântida, pode facilmente ter escrito essas coisas no mapa.

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