Minha intuição

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A volta para Arendelle poderia ter sido mais tranquila. Jack, encantado pelo poder do cajado, manipulava e criava gelo para todos os lados. Nem Erling nem Kristoff chegaram a reclamar, mas Sven não gostara das dificuldades no caminho criados pelo mais novo membro da família. Kristoff sugeriu guardar o cajado quando chegaram perto da cidade, assim evitariam olhares curiosos.

Adentraram o castelo e foram direto para a Sala do Trono, informar as novidades para Elsa e Anna. No local, porém não encontraram a mãe de Erling e Jack. Segundo Anna, a irmã tinha acabado de partir para a Floresta Encantada com urgência. Após atualizarem Anna sobre o achado do cajado, um dos criados entrou no local acompanhado.

– Príncipe Altair de Agrabah, vossa majestade. – Anunciou o criado.

– Que visita inesperada, Altair. – Anna o cumprimentou animada.

– E receio que breve, Rainha Anna. – Altair fez uma reverência em respeito. – Estou apenas de passagem.

– Entendo. Como está a busca por Célia?

– Conseguimos resgata-la. A ajuda de Arkin foi imprescindível.

Ao ouvir o nome do filho, Anna e Kristoff se entreolharam animados. Anna insistiu para Altair descrever todas as aventuras que Arkin tinha passado, pois havia muito tempo que não recebiam notícias. Altair não poupou detalhes e ao final do relato, Anna e Kristoff não poderiam estar mais orgulhosos do filho. A rainha precisou enxugar o rosto algumas vezes.

– Mal posso esperar para vê-lo novamente. – Anna desabafou. Kristoff repousou a mão em seu ombro para reconforto.

– Não sei quanto tempo irá demorar, mas logo mais iremos enfrentar Maligno. Espero que dessa vez possamos contar com Arendelle.

– Minha mãe luta todos os dias contra os ataques de Hans. – Erling se intrometeu. – Não tem lógica Arendelle direcionar tropas para Auradon.

– Se Maligno vencer, não importa sua mãe ganhar ou não de Hans. Não vai existir Arendelle para proteger. – Altair insistiu. Erling pareceu que iria rebater, mas Anna tocou em seu ombro.

– Altair, Arendelle se juntará a Auradon. – Anna disse com firmeza. – Tenho apenas um pedido para você. Passe na Floresta Encantada e ajude Elsa.

– Passarei lá agora.

– Eu quero ajudar também. – Jack disse de imediato.

– Você já ouviu sua mãe. – Anna disse.

– Mas agora eu tenho o cajado!

– Vamos descobrir mais sobre esse cajado. – Anna respondeu. – Depois pode ser que Elsa deixe você ajudar.

Jack tentou argumentar mais vezes, mas só recebeu negativas. Sem querer se intrometer na conversa familiar, Altair fez novamente uma reverência e saiu do local.

Depois de muita insistência, Jack desistiu. Ele garantiu que aprenderia a usar o cajado o quanto antes e se juntaria aos heróis da guerra. No quarto, prontos para dormir, Erling estava deitado na cama enquanto Jack girava o cajado nas mãos treinando. Eventualmente, Erling caiu no sono.

– Erling. – Jack dava umas tapinhas rápidos no ombro do irmão gêmeo. – Erling, acorda.

– O que foi? – Erling perguntou sonolento.

– Erling, a voz voltou. Presta atenção. – Jack praticamente sussurrava, para não atrapalhar o chamado da voz misteriosa.

Erling sentou na cama e prestou atenção. A voz de fato tinha voltado. Chamava pelos dois.

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