Lá fora

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O rei e a rainha de Auradon caminhavam pelo território do rei Philip com os capuzes que escondiam suas identidades. Tinham que ir com cuidado, pois o rei Philip pouco gostava da realeza de Auradon e seu respectivos aliados. Desviando da população, Ben e Mal seguiam pelo território em busca da rainha Aurora. Mal havia contado sobre sua conversa com Bela para Ben, que logo concordou que seria melhor não avisar a ninguém para onde estavam indo. Concordaram depois em ir até Cinderela depois dali, para mais informações sobre a Fada Madrinha.

Usando um feitiço de localização, o casal foi guiado para a floresta. Era um local aberto, cheio de árvores e flores. Uma cachoeira enorme produzia o barulho de água caindo. Sentada em uma pedra próxima à cachoeira, estava a rainha Aurora. Ela tinha o olhar baixo, observando a escorrer para longe.

– Rainha Aurora? – Chamou Ben, chegando devagar. A loira, se assustou ao ouvir seu nome. Quando viu quem era, se pôs de pé.

– O que vocês fazem aqui? – Aurora perguntou confusa. Tinha certeza que eles não tinham notícias boas.

– A minha mãe nos enviou até você. – Respondeu Ben.

– Bela disse para você contar a verdade sobre a barreira e Beth. – Sem delongas, Mal sacou do bolso o pingente dado por Bela e o entregou para Aurora.

A rainha observou com atenção. A surpresa por ter aquele pingente era nítida, mas ela ainda encarava o casal com certa desconfiança.

– Suponha que seja verdade. – A rainha falou, devolvendo o pingente para Mal.

– Você precisa nos contar. – Mal falou. – Ela disse que Maligno ainda está agindo e que precisamos da Fada Madrinha, mas antes precisamos saber sobre a verdade da barreira e Beth.

– Por favor, Rainha Aurora. – Ben insistiu, percebendo a relutância da rainha. – Eu preciso saber sobre a minha irmã. Eu sei que você não tem motivos para nos ajudar, mas é preciso. E se esse tal Maligno é tão perigoso quanto parece, nós precisamos saber sobre ele para termos alguma chance de derrotá-lo.

– Se Maligno está de volta, é melhor todos nós encontrarmos esconderijos. – Aurora respirou fundo e fechou os olhos. Os abriu decidida a contar aos jovens o que precisavam saber. – Há 28 anos, houve a unificação dos reinos em um: Auradon. O rei Fera foi ardiloso e com seus aliados garantiu que ele governaria tudo. Philip foi seu principal aliado e como deve imaginar, ele não ficou satisfeito e perder o status real. Então, os dois entraram em um acordo e foi prometido que nossos filhos se casariam, o que garantiria o status real da minha família. Por isso você deveria se casar com Audrey, Ben. Mas você foi o substituto. Como já sabe, você tem, ou tinha, uma irmã, que nasceu um ano após a unificação dos reinos. Princesa Beth de Auradon. A primogênita do casal real. Esse pingente foi dado a ela por mim e Philip no dia do seu nascimento. Infelizmente, pouco tempo após o nascimento da princesa, ela foi sequestrada. Zip, o capitão da guarda real, foi enviado para encontrar a princesa. Ele voltou um ano depois. Ou parte dele. Maligno apareceu no castelo com a cabeça do capitão. – Aurora parou um breve momento, engolindo em seco e enxugando uma lágrima que escorreu do olho direito. – A guerra foi declarada. O reino lutou contra Maligno e ele foi derrotado depois de muitas baixas. Infelizmente, a princesa nunca foi encontrada. Como devem imaginar, todos estavam em luto. Maligo desapareceu, mas o rei Fera não desistiu, ele queria que Maligno devolvesse sua filha. Foi quando ele ordenou que a Fada Madrinha revivesse os vilões e os prendesse na Ilha dos Perdidos. Ele achou que trancando a família e os aliados, Maligno apareceria. Maligno não apareceu e Beth foi dada como morta. A Fada Madrinha usou seu poder para fazer os cidadãos esquecerem sobre a princesa. Apenas sete pessoas lembram dela, para o caso de Maligno reaparecer e termos como nos defender. Eu, Philip, os seus pais, Cinderela, Henry e a Fada Madrinha.

– Por que Maligno sequestrou a minha irmã?

– Isso eu não sei. – Aurora respondeu, tocando o ombro de Ben com ternura como se pedisse desculpas por não saber. – Mal, você deve tomar cuidado. Esse foi o vilão mais perigoso que já existiu.

– Pior que minha mãe?

– Sim, mas tem um motivo. Ele é irmão de Malévola.

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