Viajar Eu Vou

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Pela floresta escura, Evie corria e gritava o nome de Will em vão, pois ninguém respondia. Se quer prestava atenção ao caminho, sua pele e roupa eram rasgadas por galhos que ela não via. Não poderia deixar passar a oportunidade de encontrar o rapaz.

– Will! Cadê você?! – Evie gritou, antes de ter o rosto cortado por um galho na árvore.

Ofegante, ela chegou ao final da floresta, sem sinal do homem que procurava. Evie parou para recuperar o folêgo. Olhava ao redor em busca de Will.

– Eu sei que você está aí, em algum lugar. – Evie falou baixo. – Por favor, apareça.

Uma moita próxima se mexeu e dela saiu o rapaz com a cicatriz no rosto. Segurava a espingarda na frente do corpo, porém com a guarda baixa. Will começou a se aproximar e guardou a arma nas costas, com a bandoleira atravessando seu peito.

– Will... – Evie parecia sem fôlego ao ver o rapaz tão de perto.

Ele não respondeu. Virou o rosto para a floresta e parou, como se esperasse por algo. Evie não entendeu e virou procurando o que Will olhava. Até que da floresta apareceu Arkin correndo. O loiro não parou e jogou o corpo contra Will.

Os dois entrelaçaram as mãos para se empurrarem e travavam uma disputa de pura força. Era visível no semblante de Arkin que ele fazia muita mais força do que Will.

– Vai ter que que passar por cima de mim antes de tocar nela. – Arkin falou raivoso, colocando mais força sobre o peso que fazia contra o moreno.

– Calma, alteza. – Will respondeu calmo. Aproveitou o movimento de Arkin para soltar as mãos. Ao perder o apoio, o loiro foi para frente e Will o acertou com uma forte cabeçada.

Arkin foi direto ao chão, desnorteado e com uma enorme dor na cabeça. Levou a mão até a testa e a sentiu umedecer. Ao ver a palma, viu seu próprio sangue.

– Vocês não são minha presa. Hoje. Por acaso só estão no meu caminho

– O que está fazendo aqui? – Evie perguntou, ajudando Arkin a se levantar.

– Os planos mudaram um pouco. – Will respondeu. – A amiga de vocês conseguiu nos atrapalhar e piorar a situação de Auradon.

Will então contou sobre Mal ter se aliado a Maligno, a derrota de Heitor e a fuga de todos. Agora Maligno tomava conta do castelo de Auradon sozinho e ninguém se atrevia a se aproximar.

– O que aconteceu com Mal? – Evie perguntou.

– Está fraca, mas viva. A última notícia que tive é que ela está na Grécia com Hércules, já que agora Maligno domina Auradon. Ele hoje não tem forças para lutar por si mesmo, não enquanto não recuperar a totalidade de seus poderes. Por isso, possui alguns aliados estratégicos. Fiquei responsável por matar um deles para enfraquecer Maligno.

– Minha mãe?

– Sua mãe é uma ameaça apenas para ela mesma. E você aparentemente que aceita presente de estranhos. – Will disse sarcástico. – Não. Estou seguindo a trilha de Cruella. Por sorte, passei por aqui e pude encontrar outra pessoa que eu queria matar há muito tempo.

– Que bela sorte. – Arkin respondeu com o mesmo tom sarcástico.

– Ele faz a própria sorte. – Evie disse, lembrando de um específico dia na Ilha dos Perdidos. – Eu quero ir com você.

– O que?! – Arkin virou para a mulher. – Não! Você perdeu a cabeça?

– Esta decisão não é sua para fazer. – Evie retrucou. – Vá para a Grécia encontrar Mal. Ela vai precisar de você.

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