Na torre mais alta do castelo de Auradon, havia uma mulher de cabelos castanhos abraçada com um pingente de ouro em formato de fera, o símbolo real. Bela estava sentada no canto, agachada no escuro sozinha e chorosa, massageando o pequeno pingente com os finos dedos.
Passos no corredor eram ouvidos, cada vez mais próximos. A porta de madeira maciça abriu em um sonoro rangido. Os olhos da rainha no chão arderam com a iluminação repentina. Um rapaz de cabelo azul, bem mais novo que a rainha, encostou o ombro na lateral da porta e cruzou os braços, focando os olhos na rainha.
– Não vai vir jantar? – Heitor perguntou. – Will trouxe cervo.
Calada, a rainha fungou e enxugou o rosto com delicadeza. Passou o cordão de ouro no pescoço e entre os dedos manipulava o pequeno pingente do símbolo real, fixando o nada com o olhar vazio.
O rapaz soltou um suspiro impaciente e bagunçou o cabelo azul, pensativo.
– Ainda não está pronta para falar? Já fazem três dias. – Heitor aguardou uma resposta, mas a rainha continuava em silêncio. – Lhe disse o que aconteceu. Acha que eu teria esse pingente se não soubesse?
Bela envolveu o pingente na palma da mão e apertou com tanta força que teve a pele perfurada. A mulher começou um compulsivo choro, o coração doía em aperto.
Heitor levou a mão para cobrir a boca e tossiu forte. Mirou a palma da mão e viu gotas de sangue. Fechou o punho e com o pulso enxugou discretamente as pequenas gotas de sangue que escorriam pelo canto da boca. Não que precisasse se preocupar em ser discreto, Bela não prestava atenção à ele.
– Melhor se recompor. – Heitor avisou e desencostou da porta. – O tempo está acabando.
Dito isso, ele foi embora deixando a porta aberta e a rainha só, presa no próprio choro.
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Descendentes 4
AventuraApós a destruição da barreira e reconstrução da ponte, alguns vilões e descendentes encontraram seu lugar no mundo e tentaram viver em paz. Porém nem todos ficaram felizes com os vilões a solta e com razão. A maioria dos vilões não quis um "felizes...