Permita-se Amar - (Mpreg) | Spin-off Do Livro "Coração de Aço"

Capítulo Vinte e Cinco

Jorge Viana

Pego as vasilhas com guloseimas e frutas em cima da mesa e vou colocando na grande cesta de piquenique. Meus olhos se desviam rapidamente para Gustavo, que brinca entretido com suas peças de montar, e então volto a minha tarefa. Hoje é domingo e como Léo havia sugerido, nós marcamos um piquenique, acho que vai ser bom passar um tempo ao ar livre. Sem contar que eu quero aproveitar cada coisa boa que estou vivendo com meu namorado e meu filho.

Termino meu pequeno trabalho e saio da cozinha, me juntando ao meu filho no chão. Gustavo sorri ao me ver e então se levanta, vindo se sentar em meu colo. Acolho meu filho em meus braços e o aperto, podendo sentir seu cheirinho suave, que tanto me acalma. Eu realmente não sei como é possível amar tanto uma pessoinha assim, eu só sei que esse amor é algo que não tem fim.

- Papai! - Ele chama minha atenção e me entrega uma das peças de montar, o que me faz rir.

- Oh, é para mim montar? - Pergunto e ele assente.

Socorro Deus, ele já está tão esperto... E meu Jesus, vai fazer dois anos em breve. Eu vou sustar!

Pego a peça quadrada da mãozinha dele e junto mais algumas outras, tentando fazer alguma coisa com o que eu tenho. Ficamos tão entretidos nessa tarefa de montar coisas, que só acordo para à realidade quando a voz de Léo nos chama da porta, que está aberta.

Abro um sorriso ao ver meu lindo namorado, mas antes que eu possa fazer algo, Gustavo é mais rápido e sai correndo em suas perninhas curtas e passos não tão firmes ainda. Meu coração bate um pouco acelerado em meu peito e tudo piora com o sorriso que Leonardo lança ao meu filho. Ele se abaixa e então recebe meu pequeno em seus braços, o cobrindo de beijos, o que faz escapar algumas gargalhadas do meu pequeno.

Me sinto emocionado vendo essa cena e mesmo não querendo minha mente cria cenários com esses dois. Para mim o mais importante não é Léo estar apaixonado por mim... O mais importante é ele aceitar e também gostar do meu filho. Eu sei que são pouquíssimos homens que fazem isso, então eu tenho ainda mais orgulho do homem que eu amo.

- Ei, eu estou me sentindo excluído aqui! - Falo, fingindo indignação e ouço duas risadas.

Me levanto do chão, no mesmo momento em que Léo também fica de pé com Gustavo em seu colo. Não consigo manter a pose e acabo sorrindo ao chegar perto deles e ganhar um beijo doce do meu namorado. Não é nada carnal, apenas um selar demorado de lábios, o que me faz ficar ainda mais apaixonado, pois eu sou daqueles que admiram os pequenos gestos.

Ouço um fungar baixinho e quando me afasto de Léo, vejo Gustavo com um pequeno bico nos lábios e os olhinhos cheios de lágrimas.

- Oh meu Deus, temos alguém com ciúmes, Sol. O que vamos fazer? - Léo diz brincalhão e eu também acabo rindo.

- Acho que alguém merece uma chuva de beijos. - Sugiro e meu namorado concorda.

Logo Leonardo e eu começamos a deixar alguns beijos pelo rostinho de Gustavo, que automaticamente abre um sorriso.

- Já percebi que terei que me dividir entre o Sol e o solzinho. - Léo diz e isso me faz rir.

- Ainda bem que sabe, doutor. - Falo, fingindo superioridade e ele solta uma risada.

- Sol? - Gus pergunta em nosso meio e acho fofa a carinha de confusão.

- Isso aí, você é o solzinho... Os dois me iluminam. - Léo diz e isso aquece meu coração se uma forma intensa.

Gus apenas sorri e bate palmas, como se isso fosse uma coisa para festejar... E na verdade é.

- Ok, vamos? A cesta já está pronta. - Falo e aponto para o balcão, que separa sala e cozinha.