Capítulo Quarenta e Quatro

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Jorge Viana

Passamos em uma pizzaria antes de chegar em casa, para satisfazer meu primeiro desejo e assim que o carro de Léo estacionou em frente à casa de dona Emília, eu saí praticamente correndo para buscar meu pinguinho de gente, ouvindo Léo não ficar nada satisfeito com meu ato. Finjo não o ouvir e sigo com um sorriso para dentro da casa. Atravesso o corredor de entrada e logo estou na sala de estar, podendo ver Gustavo todo esparramado no chão, enquanto dona Emília e Cláudio brincam com ele.

E meu sorriso fica ainda maior ao ver essa cena, pois é maravilhoso ver a relação de amor que os dois tem um com o outro. Para dona Emília, Gustavo é um ser inquebrável e para Gustavo, dona Emília é tudo o que ele nunca teve antes... Uma avó.

- Olá pessoal! - Falo, chamando a atenção deles para mim.

- Oi, menino... Está tudo bem? - Ela pergunta e noto a preocupação em sua voz, pois contamos a ela que eu iria no médico.

- Está sim, dona Emília... Não tenho nada demais. - Sorrio para ela e vejo um sorriso se abrir em seu rosto também.

- Pois eu acho que tem. - Ela brinca e aponta para minha barriga, o que me faz corar.

- Se a senhora puder guardar isso até sexta, eu agradeço. Léo e eu queremos contar para todos juntos. - Falo e ela se levanta, concorda com um aceno.

- Claro que sim, agora venha aqui... Me deixe te abraçar. - Ela diz com carinho e vou sem hesitar.

Com o passar do tempo, eu pude tomar dona Emília como uma mãe para mim. Ela tem um carinho verdadeiro por mim e eu por ela. Confesso que no começo eu estava meio em dúvida sobre nossa relação, mas hoje vejo o quanto estive errado sobre ela. Emília é um ser de luz e sou agradecido por ela ter entrado em nossas vidas.

- Você merece tudo de bom que está acontecendo em sua vida. Não deixe nada mais estragar sua felicidade, tudo bem? Seja forte, pois, estaremos todos com você. - Ela diz em meu ouvido e eu concordo com cada uma de suas palavras.

- Eu vou ser, o tempo de chorar já passou. - Falo e sorrio para ela quando me afasto de seu abraço.

- Ótimo! Agora é só sorrir. - Ela pisca e eu solto uma risada baixa.

- Sendo assim, eu vou levar meu pequeno agora... O pai dele deve estar impaciente. - Falo e vejo ela fazer uma careta.

- É um pecado tirar o neto de uma senhora. - Ela diz em drama e eu solto uma risada, chamando Gustavo com as mãos, ao que ele me nota finalmente.

- Acho que a senhora pode namorar. - Sugiro, balançando minhas sobrancelhas e vejo ela sorrir sapeca.

- Boa ideia... O que acha, amor? - Ela se aproxima de Cláudio e o vejo ficar vermelho de vergonha.

- Emília! - Ele repreende e isso me faz rir ainda mais.

- Tchau pombinhos! - Aceno para eles e pego Gustavo no colo, que manda "tchauzinho" e beijos.

Assim que saio da casa, sigo até o carro de Léo, que ainda está ligado e vejo seu olhar repreendedor sobre mim. Até parece que não vou carregar meu bebê. Entro no carro e Gustavo prontamente se afasta de mim, pedindo colo para o pai, o que me deixa indignado.

- Ei! Quem te carregou durante nove meses foi eu... Você tem que preferir a mim! - Finjo indignação e Gustavo ri, não entendendo muito do que eu falo.

- Papai legou? - Ele pergunta e ponha a mão na boquinha, como se em dúvida, o que me faz balançar a cabeça em negação.

- É, eu te carreguei... Ingrato! - Falo e me ajeito no banco, ouvindo Léo rir da nossa cena.

Permita-se Amar - (Mpreg) | Spin-off Do Livro "Coração de Aço"Onde histórias criam vida. Descubra agora