Capítulo Vinte e Nove

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Jorge Viana

Duas semanas depois...

Afundo minhas mãos na terra fofa, enquanto ajeito da melhor forma a muda de roseira que estou plantando. Escuto risadas vinda de Gustavo e ao virar meu rosto, vejo ele se divertindo junto com Leonardo, que afunda os pézinhos dele na terra.

- Alguém vai dar banho nele depois. - Aviso e rapidamente tenho o olhar do meu namorado sobre mim.

- Uma criança saudável brinca na terra, sabia? - Ele retruca e arqueio uma sobrancelha para ele.

- Claro que sei, mas ainda assim... Você vai dar banho nele depois. - Falo e abro um sorriso para ele, que suspira.

- Ok, solzinho... Somos eu e você mais tarde. - Léo diz e isso faz meu filho rir ainda mais.

- Léu! - Ele responde apenas e afunda ainda mais as mãozinhas na terra adubada do jardim.

Balanço a cabeça em negação, pois esses dois me dão um trabalho... Coisa que eu amo. Volto minha atenção para minhas plantas e continuo meu trabalho.

Há uma semana eu resolvi plantar um pequeno jardim nos fundos da casa, assim como uma horta e Léo está me ajudando com isso... Bem, acho que nem tanto.

- Amor? - Escuto o chamado de Léo após alguns minutos e viro meu rosto em sua direção.

- Sim? - Pergunto e reviro meus olhos ao ver Gustavo igual a um porquinho.

- Minha mãe me ligou. - Ele diz e isso me faz prestar mais atenção a conversa.

- E o que ela disse? - Pergunto e deixo as ferramentas de jardinagem de lado.

- Disse que estava se sentindo culpada e sozinha pelo que tinha acontecido. Ela quis me pedir desculpas, mas eu disse que não era para mim que ela devia fazer isso. Então ela propôs fazer um jantar para te conhecer melhor. - Ele diz e isso me cala por um tempo.

Eu sinceramente não sei o que pensar sobre isso. As palavras da mãe dele me machucaram demais e eu sei que guardar mágoa é ruim, mas na maioria das vezes é inevitável. Penso se seria uma boa ideia aceitar esse convite, pois talvez seja mais uma desculpa para ela me avaliar e na verdade é. Infelizmente  eu não me dei bem com minha sogra e tenho medo que isso afete meu relacionamento com Léo, pois eu jamais irei poder competir contra sua mãe.

- Papai! - Sinto mãozinhas em meu rosto e também terra.

Solto uma risada baixa e foco meus olhos em Gustavo, que me olha meio impaciente.

- Oi porquinho! - Falo e tiro suas mãozinhas do meu rosto, o que faz ele por um biquinho nos lábios.

- Sol? - Ouço a voz de Léo mais perto e então desvio meus olhos para ele, vendo ele vir até mim. - Você não precisa aceitar se não quiser, eu mesmo ainda não perdoei minha mãe pelo que ela fez e você não tem nenhuma obrigação quanto a isso. Seu relacionamento é comigo e não com ela. - Ele diz e de certa forma essas palavras me acalmam.

- Eu posso pensar? - Pergunto meio incerto e acolho Gustavo em meus braços quando ele se lança contra mim.

- Claro que pode, amor... Já disse e repito, você não tem a obrigação de aceitar nada. - Ele responde e isso me faz abrir um sorriso pequeno.

- Obrigado! - Agradeço.

- Não precisa agradecer, eu só quero o melhor para vocês. - Ele diz e sinto um calor bom em meu peito ao ouvir ele incluindo Gustavo nesse pacote.

- Eu te amo! - Falo, olhando em seus olhos castanhos, que possuem um brilho lindo.

- E eu amo vocês! - Ele responde e coloca sua mão sobre as costas de Gustavo, que sorri com a cabeça em meu peito.

Permita-se Amar - (Mpreg) | Spin-off Do Livro "Coração de Aço"Onde histórias criam vida. Descubra agora