Capítulo Trinta e Cinco

6.6K 764 136
                                    

Jorge Viana

Permaneço abraçado aos meus meninos e confesso que nunca senti tanto amor em minha vida. É uma sensação surreal ver meu filho ganhar um pai tão bom quanto Leonardo. Esse homem é incrível e a cada dia me mostra que eu fiz a escolha certa em o aceitar na minha vida. Ouço o barulho de palmas e quando me afasto dos dois, vejo Lucio, Apolo e o pequeno Arthur nos aplaudindo, o que me faz rir e enxugar minhas lágrimas no processo.

- Gus ganhou um papai igual ao Arthur, mas eu fui dois. - Meu sobrinho diz meio atrapalhado e isso me faz sorrir ainda mais.

- Sim, querido... Você ganhou os melhores pais do mundo. - Falo para ele, que sorri grande.

- Depois de nós dois, Sol. - Léo diz ao meu lado, se levantando com Gustavo em seus braços.

- Papai Léu! - Gustavo diz rindo, enquanto suas mãozinhas "acariciam" o rosto do pai.

- Viu? Até o Gustavo concorda... É isso aí, filho. - Meu namorado diz e meu coração se derrete ao ouvir ele chamar Gustavo dessa forma.

- Olha, eu só não vou discordar porque eu ainda estou emocionado... E com fome. - Lucio diz e isso me faz revirar os olhos.

- Vamos então, minha avó chamou a gente para almoçar lá. - Apolo diz e isso me deixa ofendido.

- E vão dispensar minha comida? Eu fiz escondidinho de carne seca. - Falo e abro um sorriso malicioso, pois sei que eles não vão resistir.

- Dispensar? Eu? Jamais! Arthur e eu ficamos, Apolo decide o que faz. - Lucio diz e segue com Arthur até o sofá da sala, se acomodando no mesmo. - Tem sobremesa? Me deu uma vontade de comer aquele pavê de chocolate. ‐ Ele diz e chega a lamber os lábios, o que me faz arquear uma sobrancelha.

- Já que eu sou a minoria, eu fico também. - Meu cunhado diz bem humorado e isso me faz rir.

- Ótimo! Lucio, venha me ajudar... Senão não terá sobremesa. - Falo e aponto para ele.

- Ué, mas eu sou a visita! - Ele resmunga, mas mesmo assim se coloca de pé e vem até mim.

Antes de voltar para à cozinha, eu ajudo Léo colocar a correntinha no pescoço de Gustavo, o que ficou bem fofo nele. E deixando um beijo em meu namorado e meu filho, eu puxo meu irmão junto comigo.

- Ah, amor? - Chamo por Léo, que levanta os olhos em minha direção.

- Sim? - Ele pergunta, fazendo uma careta ao que Gustavo pisa em seu abdômen.

- Chama seu pai e Ricardo para almoçar. - Falo a ele, que assente.

Volto a por meu avental e entrego outro ao meu irmão, que já me lança aquele olhar inconveniente. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde viria os questionamentos sobre ontem.

- Pode me contar tudo! - Ele sussurra/grita e isso me faz revirar os olhos.

- Comece a trabalhar e eu te conto, inconveniente. - Falo rindo e entrego a mandioca para ele fazer o purê.

- Inconveniente não, sou apenas um irmão que se preocupa. - Ele diz e começa a cumprir sua tarefa, enquanto eu mesmo faço a minha.

- Sei! - Falo rindo. - Bem, a noite de ontem foi perfeita e muito mais do que eu poderia imaginar. Léo é incrível em todos os aspectos e isso só me deixa cada vez mais apaixonado por ele. Ele ter dito que queria ser pai de Gustavo, para mim, foi o melhor de tudo. - Falo e meus olhos se desviam rapidamente para ele na sala.

É até estranho pensar em como podemos amar tanto uma pessoa. Sim, eu amo Gustavo infinitamente, mas são amores diferentes. E eu nunca me dei conta do quanto eu precisava amar alguém na minha vida e ser amado em troca. É uma experiência tão boa, algo tão extraordinário e satisfatório.

Permita-se Amar - (Mpreg) | Spin-off Do Livro "Coração de Aço"Onde histórias criam vida. Descubra agora