Capítulo Trinta e Três

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Ouçam a música Maybe, James Arthur.

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Jorge Viana

Pego a correntinha que Léo comprou para Gustavo e fico apaixonado com a delicadeza. Ainda me sinto um pouco extasiado pela conversa de minutos atrás, mas confesso que nunca me senti tão feliz em minha vida.

- Gostou? - Ele pergunta e levanto meu olhar para ele.

- Eu amei! - Falo sincero. - E Gustavo também vai adorar. - Sorrio.

- Isso me deixa feliz, eu pensei em comprar um anel, mas não seria viável já que ele é um bebê e vai crescer... Pensei em uma pulseira, mas também ficaria pequena conforme os anos, então meu pai me sugeriu o cordão. Eu não quis nada extravagante, pois ele é uma criança, mas escolhi com muito carinho. - Ele se explica e acho fofo que ele fica meio embaraçado.

- Está tudo bem, o anel e a correntinha são perfeitos. - Falo e aperto sua mão na minha.

- Obrigado! - Ele agradece e no mesmo momento o mesmo garçom de antes aparece com nossos pedidos.

Fecho a caixinha e entrego novamente para Léo, que me olha confuso.

- Você deve colocar nele. - Respondo antes mesmo que ele pergunte algo e o vejo sorrir.

Léo guarda a caixinha novamente e começamos a nos deliciar com nosso jantar. Conversamos sobre amenidades e o clima é tão leve, que parece só existir nós dois nesse restaurante. As horas se passam sem que nós dois nos dê conta e quando percebemos, somos os últimos no restaurante.

- Acho melhor nós irmos também, né? - Pergunto rindo, olhando ao redor.

- Sim, ainda temos uma parada. - Ele diz misterioso, me deixando curioso.

- Onde vamos? - Pergunto, me levantando após ele pagar a conta e se aproximar de mim.

- Surpresa, Sol. - Ele pisca para mim e coloca a mão no fim das minhas costas, me guiando ao seu lado.

Arqueio uma sobrancelha, mas não pergunto mais nada e deixo ele me levar para onde quer que seja. A brisa da noite está um pouco mais fresca e isso me faz estremecer um pouco, antes de entrar no carro. Assim que entramos no veículo, Léo liga o aquecedor e também o som, que toca uma música calma.

" Não sei o que está acontecendo
De onde você veio e por que demorou tanto
Tudo o que sei é que sinto que é a coisa mais real, de verdade
Algo mudou quando eu vi você

Oh, meus olhos não podem mentir
Você disse, eles são tão malditamente azuis
E eu amo como você está tão à frente
É muito cedo para dizer que estou caindo? "

Passo o cinto de segurança por meu corpo e olho pela janela enquanto o carro segue seu rumo. Ouço Léo sussurrar a música e isso me faz sorrir, pois nunca havia ouvido ele cantar antes.

- Olha só, o doutor também sabe cantar. - Brinco e desvio meus olhos para Léo, que solta uma risada.

- Claro que eu sei, só tenho vergonha. - Ele diz e é minha vez de rir.

- Para, amor... Você é sem vergonha alguma, sempre tomou iniciativa diante as coisas. - Falo rindo e ele bufa, fingindo irritação.

- Olha só... Eu sou tímido sim. - Ele diz, tentando se defender.

- Ok, eu acredito. - Falo e pego em sua mão, deixando um beijo na mesma.

Nosso caminho continua entre brincadeiras e noto que Léo não está indo para casa. Fico sem entender para onde ele está nos levando e sou mais confundido quando ele entra em uma espécie de camping. Resolvo não questionar, já que é uma surpresa, mas minha curiosidade diz outra coisa.

Permita-se Amar - (Mpreg) | Spin-off Do Livro "Coração de Aço"Onde histórias criam vida. Descubra agora