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Chegou dezembro, combinamos de contar tudo sobre a gravidez na noite de natal.
Começou a agitação das festas, compras, presentes, enfeites, etc.
Eu decidi que passaria o natal com um macacão desses de tecido, como era a última moda na loja um macacão desses custava os olhos da cara, já que minha mãe era costureira, Rodrigo comprou o tecido e ela ficou de fazer um pra mim.
Tudo seguia bem, eu apertando a barriga e achando que nuinguem estava desconfiando de nada, até que no dia de tirar as medidas minha mãe solta

- Você tá grávida, não tá?

- Não mãe.

Ela esticou o braço rápido e apertou minha barriga que já estava dura, afinal eu já estava com 4 meses e meio de gestação.

- Não adianta você esconder, fala agora que é melhor pra você.

Gente, meu susto e o medo foi tão grande, que eu nem lembro o que respondi.
Como se tivesse apagado aquele momento da minha memória.
Não tive mais como esconder e a partir daí minha vida começou a se transformar num inferno.
Apesar do alívio por ter me livrado do peso da mentira, tive que me esconder do meu pai que não aceitou a situação

- Renata, se o teu pai chegar você corre! Não é nem pra você ficar sozinha aqui, porque você corre o risco dele chegar e se te encontrar vai acontecer uma desgraça! - Essas foram as palavras da minha mãe e ali começava o terrorismo.

O fato de ter que viver escondida do meu pai, fez com que eu me aproximasse mais da casa do Rodrigo e da família dele. Assim que eu acordava já ia pra lá, dormia, comia, mal vinha pra casa e quando vinha não era bem recebida. Era como se eu fosse a primeira mulher do mundo a engravidar solteira, e o preço que eu estava pagando por esse erro era grande

Rejeição e VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora