carminho
carminhof.g
A tua históriaparabéns á miúda mais louca e ao novo amigo que Espanha me trouxe ✨
🏷 margaridamartinss ; soychristian_1
👀 401A viagem de Madrid até ao pântano durou cerca de duas horas. Todo o caminho conduzi á mesma velocidade que Ander.
Não sabia onde era.
Para além do carro de Ander, ainda um outro carro com alguns amigos de Christian. A Ester, o Samuel e o Nano entre eles, visto que Samuel namorava com Ester e era próximo de Chris há muitos anos.
Pelo que Ander nos disse, antes de arrancarmos pela estrada durante duas horas, os amigos de Chris não eram de perto, pois este tinha-se mudado há uns meses.
Apesar de se conhecerem há anos, Chris vivia numa zona menos luxuosa e intriguista. Nano e Samuel eram do mesmo bairro que eles.
Frequentaram as mesmas escolas e graças a isso, tornaram-se próximos. Ainda lutaram por poder, visto que eram mundos diferentes - não a meu ver - devido à diferença de dinheiro e de etiqueta. Apenas encolhi os ombros, algo que não me fazia mínima diferença.
Também nasci num pequeno bairro em Lisboa e as minhas amigas numa classe mais elevada e isso nunca foi problema. Considerava que era a mente-aberta á minha volta.
Segurava uma ganza nos dedos, enquanto os rapazes se reuniam junto à Chris e festejavam a chegada de mais um aniversário.
Já tinha fumado duas e esvaziado um corpo de vodka limão pouco após ter chegado.
Estava animada com a presença das amigas e principalmente com todo o ambiente junto aos rapazes e até com Ester por perto. A verdade é que não a conhecia, apenas a julgava tão fútil do mesmo modo que julgava Danna.
No entanto, a loira juntou-se a nós as quatro. A conversa fluía naturalmente. Mostrou-se muito diferente do que esperava, no entanto, julguei a rapariga sem sequer a conhecer.
Confesso que a personalidade dela não fugia da minha. As opiniões e a forma como falou de certos assuntos, assemelhava-se.
A Margarida e a Francisca estavam muito felizes, já bastante perdidas para o álcool. Elas dançavam junto à fogueira e gravavam as suas próprias figuras. Assim como os rapazes e até a Ester, mas sentada.
Fiquei satisfeita pela presença delas. Por mais uma vez, o Ander mostrar-me o que era a vida, e todo um mundo que há a explorar.
Observava o moreno, este que segurava igualmente uma substância ilícita enrolada nas mortalhas king size e participava na conversa e nas gargalhadas dos amigos.
Conseguia perceber que o Christian estava para lá de bêbedo, tal como Nano e Omar.
Dei por mim a voltar à realidade, quando os meus olhares foram roubados pelo Ander. Não soube como reagir, então num ato involuntário da minha parte, mordisquei os meus lábios. Os olhos do moreno tornaram-se obscuros, do que lhe passou pela cabeça.
Conseguia ver pela sua expressão e linguagem corporal o que estava a pensar. Principalmente por saber o quanto perdia a cabeça - palavras e afirmações de Ander - quando o fazia.
O rapaz aproximou-se de mim, sentando-se na areia ao meu lado. Íris, sem demoras, pegou na bebida e juntou-se ás amigas com a Ester.
Senti os braços de Ander nas minhas pernas e a boca dele procurou a minha.
- Ander...
- Estou-me a lixar para o que pensam.
Mostrei-lhe um sorriso confiante da minha parte e acabei por juntar os nossos lábios. Até eu, depois dos últimos dias, não estava mesmo importada com comentários. Confiava nele. As suas atitudes têm sido tão positivas, que já não conseguia resistir-lhe.
Nem a um simples beijo perante os amigos ou as pessoas da vizinhança. E era algo que tinha de mudar, visto que sentia-me muito bem com Ander. Com a pessoa que ele era.
O passado era exatamente isso, passado. Julgo as pessoas pelo que são comigo.
Ao fim de longos minutos, os gritos dos rapazes chegaram aos nossos ouvidos.
Corriam somente em boxers para a água, o que me deixou extremamente chocada. Reparei que a própria Ester despia as suas roupas e revelou a lingerie branca que usava. O próprio Samuel, levantou-a pela barriga e correu com a loira até à água, abraçando-a num beijo.
Confesso que sorri.
- Anda lá Carmo! - A Margarida gritou, o que me levou a negar com a cabeça. - Por amor de Deus, deixa o crucifixo em casa!
Soltei longas risadas com o que tinha dito, tal e qual como quem a ouviu.
- Vive mana, apenas vive.
Encarei a Íris, que já tinha despido a camisola e os ténis. Francisca já estava na água.
E eu apenas fiquei chocada.
Espanha estava a levar as minhas amigas à loucura, para além de desafiar a minha loucura interior, o que era surpreendente.
(...)
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