Aflição Materna...! Último Dia de Uma Adolescência Normal!

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Final de domingo na cidade de Musutafu... No início daquela noite, os últimos raios solares do astro-rei pondo-se ao horizonte proporcionavam um crepúsculo belíssimo, lotando o céu com linhas de cores quentes em harmonia com resquícios do ozônio azul claro. Feixes do sol ainda iluminavam uma aparentemente pacata residência no afastado bairro de Okinamori, mas que mostrava um certo rebuliço em seu interior...






— Então, hoje você voltará mais cedo para casa...?








À cozinha da casa da família Tokoyami, Iru Tokoyami mantinha uma conversa sutilmente nervosa ao telefone. Durante a ligação, a nanica mulher rodeava a mesa circular presente no centro do recinto, apresentando um semblante aflito.



— Sim, querida...! Não... Não tem mais como eu trabalhar nessas condições... — A voz do outro lado da chamada carregava uma preocupação de tonalidade ímpar, acrescentando-se uma certa carga de cansaço — ... O Senhor Edgeshot me autorizou a sair do escritório e comparecer na delegacia para registrar um boletim... E depois disso, eu irei direto para casa.



— Por favor, Sekitan... Me conte todos os detalhes assim que chegar... — A Senhora Tokoyami falou angustiadamente, pressionando sua mão direita contra o peito. Iru era canhota, mantendo o telefone ao ouvido usando a mão esquerda — ... Tudo... Por favor...!


— Eu contarei, querida... Eu contarei... — O sujeito na linha tentou confortar a insegura mulher... Contudo, um sério pedido foi realizado em seguida — ... Mas... por favor...







— ... Não comente sobre isso com o garoto.







Aquela súplica foi suficiente para criar uma intensa angústia ao coração daquela mãe... Iru Tokoyami inclinou-se ao corredor que passa em frente à cozinha e lançou um olhar na direção do quarto de seu filho, que encontrava-se com a porta fechada. 


— ... S-... Sim... — A atarracada mulher titubeou muito antes de fornecer uma resposta ao seu intermitente no aparelho, balbuciando através de uma terrível aflição.


— Eu... sinto muito, querida... —  — A voz masculina despediu-se melancolicamente, encerrando a chamada em seguida — ... Até.

Folia na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora