Pupilo e Mestre...! Reencontro em Dagoba!!

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A chuva que caiu no dia anterior fez com que a quarta-feira na cidade de Musutafu exibisse uma temperatura abafada durante boa parte da tarde, inclusive, estendendo-se até mesmo pela noite.

Aproveitando o clima acalorado daquela hora, algumas pessoas realizavam seus passeios noturnos pela orla de Dagoba, que agora estava higienizada. Desde o milagre ambiental que foi a retirada de todo o lixo que se acumulou naquela praia ao longo dos anos, a faixa marítima daquele bairro voltou a ser transitável novamente.

Próximo ao início de um píer contendo cerca de meia-dúzia de pessoas em suas atividades sociais, havia um indivíduo parado em pé no banco de areia, olhando em direção ao mar. Era um sujeito de aparência decrepita... Tão incrivelmente magro que, suas roupas, uma camiseta branca e uma calça de moletom verde oliva, mal seguravam-se em seu corpo. Seus cabelos amarelos não possuíam um padrão de organização, estendendo-se para o alto em madeixas sem brilho e completamente secas, ao passo que duas compridas mechas descendentes destacavam-se naquela baderna capilar. Seus olhos estavam profundamente encovados em seu rosto, que era quase como um crânio revestido por uma fina camada de pele, padrão que se repetia por quase todos os ossos de seu corpo.

O sujeito magrelo mantinha-se encarando o oceano, numa postura levemente corcunda... Um olhar distante em seu rosto esquelético, como se estivesse esperando algo...








— ALL MIIIIIIIIIIIIIIGHT!!!!!







Assim que ouviram o grito, as pessoas que estavam no píer imediatamente olharam em direção à areia... Não tardou para que a possível presença do Herói Número Um do Japão causasse um ligeiro rebuliço...


— ALL MIGHT??

— ELE ESTÁ AQUI??

— AONDE ELE ESTÁ?? SÓ TEM UM CARA MAGRO ALI!!

— ALL MIGHT, CADÊ??


Os cidadãos começaram a questionar e procurar freneticamente pelo Símbolo da Paz. O franzino homem loiro ficou acuado com aquela situação, aproximando-se do menino de cabelos verdes que corria em sua direção e sussurrando cautelosamente...



— Por favor, diga em voz alta que me confundiu com outra pessoa!



O menino responsável pelo grito notou sua gafe e berrou conforme o solicitado:


— AH, DESCULPE!! EU CONFUNDI COM OUTRA PESSOA!!


Folia na EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora