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Talibã🖤

O dia não podia tá pior, esses filha da puta tá de tiração com a minha cara, papo reto pô, tô a duas semanas com os manos fazendo estratégias e revisando  amarmento.

Os cu azul tão querendo invadir minha favela, mas antes deles conseguir tomar ela de mim, teram que me matar, dei toque de recolher pra geral, só tá na rua mesmo os trabalhador que chega tarde.

Clima de invasão tá no ar, não posso deixar nada acontecer com meu morro e nem mesmo com meus moradores, isso aqui é minha segunda casa pô.

Lc: pô irmão o Pereira deu o papo que eles querem entrar de hoje pra amanhã.

Rb: deixa eles vim pô, os fuzil já tão tudo no óleo.

Taliba: ninguém aqui vai pedir arrego, é tudo nosso porra, já passou o rádio pros menor? _ olhei pro Rb que assentiu.

Rb: Iiii me respeita pô só atividade, já passei o rádio pra geral e deixei avisado pra ficarem espertos, não quero ninguém de bobeira.

Talibã: é isso aí irmãos, tô partindo pra goma qualquer coisa é só passar o rádio. _ falei e me sair.

Rb e Lc são meus irmaos pô, entramos nessa juntos, A Rocinha foi deixada pra mim pelo meu padrinho, depois que ele morreu virei dono, mas antes de ser o chefe eu comecei de baixo junto com os dois, meu padrinho nunca pego leve comigo, mesmo já sendo meu, eu teria que lutar pra conseguir.

Os mano sempre estiveram comigo, crescemos nessa caminhada juntos, são meus irmãos de vida, meus de confiança, são os únicos que eu seria capaz de matar e morrer.

Minha rainha vive bem, lutou muito pra conseguir me criar e criar a Clara, ela nunca quis sair da favela, então nunca consegui tirar ela daqui e também não iria obrigar ela, então  vivemos eu, ela e minha irmã Clara.

O cara que ajudo a me colocar no mundo? Sumiu, deixou minha mãe com a Clara pequena ainda de colo, se não fosse meu padrinho, nem sei o que teria sido de nós.

Cheguei em casa e cai na cama, tomei um banho e deitei pra conseguir da um cochilo rápido, mas foi bem rápido mesmo acordei com os barulhos de tiro e o radinho apitando sem para, peguei a mochila com munição, coloquei o colete, botei minhas armas na cintura e atravessei o fuzil nas costas, bora pra guerra.

Neide: filho, cuidado lá fora por favor. _ falo chorando assim que eu saí do meu quarto.

Clara: maninho promete que vai volta pra gente! _ me abraçou chorando, dei um beijo na testa das duas.

Talibã: eu vou voltar eu prometo, agora entrem pro quarto e fiquem tranquilas a segurança lá fora tá reforçada, sua bênção mãe. _ falei e ela fez o sinal da cruz em mim.

Neide: que nosso senhor te proteja meu menino, nós te amamos.

Talibã: amém mãe, também amo vocês,  agora vai. _ falei e me sai, não sou muito de ficar falando em sentimentos não, mas nessas horas não tem jeito.

Meus seguranças me seguiram e a gente partiu pro combate, encontrei Rb e Lc na rua principal.

Lc: pô irmão vamo defender nosso morro.

Rb: fé pra nós, que o amigo abençoe mais uma batalha. _ beijou o cordão com o pingente de Jesus Cristo.

Talibã: amém, agora vamos, vou primeiro e vocês me dão cobertura.

Rb: bora. _ descemos atirando, eram muitos corpos jogados no chão e todos que eu vi eram dos pm, antes de chorar as nossas, choram as deles.

A bala tava comendo firme, era tiro pra todo lado, Rb acabo indo ajudar os menor de cima da Lage e eu e lc seguimos no chão, acabai levando dois tiros quando tava de costas.

Peças Do Destino!Onde histórias criam vida. Descubra agora