CAPÍTULO 77

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• Lara •

Acordei com uma luz forte entrando pela janela e me levantei. Olhei em roda reconhecendo o lugar em que estava e meus olhos pararam em um corpo todo torto no sofá.

Lucas estava dormindo sentado e com as costas extremamente tortas. Mas ao invés de acordar ele, observei-o.

Ele é tão lindo, tão delicado e gentil. Fiz um carinho no seu rosto e sorri.

- Ah.. se você soubesse tudo o que eu sinto.. - Olhei para baixo. - Se você soubesse..

Ergui meus olhos pra ele, que estava se mexendo e fiz mais carícias em seu rosto.

Finalmente, ele abriu os olhos e eu sorri. Continuei as carícias e ele sorriu bobo.

- Oi. - Falei baixo.

- Oi princesa. - Sorri. - Que horas são?

- Não faço ideia, mas acho que não passou das sete ainda.

Me afastei dele pra ele se espreguiçar. Olhei o celular e eram apenas 6:32 da manhã ainda. Enquanto ele se sentava eu larguei o celular no sofá ao meu lado.

- Vamos lá pra minha cama. É mais confortável que esse sofá.

- Vamos sim.

Me levantei e peguei uma coberta. Lucas fez o mesmo e juntos fomos até o seu quarto.

Chegando lá, eu me joguei na cama no lado esquerdo e Lucas no outro.

- Quer que eu te abrace?

- Não. Você deve estar dolorido de ficar naquela posição na sala.

- Capaz, deixa eu te abraçar. - Ele sorriu e, ah, eu não resisto à esse sorriso!

- Está bem, mas não quero te incomodar, meu bem.

- Não me chama assim. - Arregalei os olhos e foquei nos dele.

- Quê?

- Não me chama de meu bem!

- Sim, isso eu entendi, mas por que??

- Porque.. ah, esquece! - Lucas se enrolou um pouco pra falar. Cheguei mais perto dele e fiz um carinho no seu rosto fazendo ele sorrir.

- Eu tenho que falar isso pra todos saberem que você, e só você, é o meu bem. - Sorri. - Mais ninguém pode te ter como o bem mais precioso, porque isso você é pra mim.

Lucas se aproximou do meu rosto e deu um selinho delicado nos meus lábios. Naquele instante, senti como se eu fosse uma boneca de porcelana que, a qualquer momento, pode cair e quebrar, mas ele estava ali. Ali pra me proteger, me cuidar e me mimar.

Aquela eletricidade de sempre tomou meu corpo sem dó e se apossou dele. Eu queria viver isso pra sempre. Todos esses momentos, esses simples toques, eu queria ter isso na minha vida.

- Eu amo você! - Sussurrou baixo.

- Eu também amo você, meu bem! - Sorri.

Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora