CAPÍTULO 54

123 13 1
                                    

- Posso dormir aqui hoje?

Eu e Lucas estávamos no quarto olhando o filme do Homem-Aranha, comendo bolo, pipoca e sorvete. Eu estava ao lado direito da cama e ele ao esquerdo.

Lucas pareceu surpreso mas balancou a cabeça concordando e sorriu.

- Não precisa nem perguntar.

Sorri de volta e comi mais um pedaco de bolo. Olhei meu celular e vi que já passavam das 5:00 da tarde, sinal de que minha mãe já estava voltando para casa.

- O que foi?

- Eu não avisei minha mãe que estava aqui e logo ela chega.

- Vai lá então! Depois volta com suas roupas e as coisas da escola.

- Não me diga! - Falei irônica e me levantei da cama com o pote de sorvete nas mãos. - Mas vou tomar banho aqui.

- Por que? - Lucas franziu a testa.

- Porque seu chuveiro é melhor que o meu! - Gargalhei e coloquei minha pantufa novamente.

Peguei o moletom que Lucas me deu em cima da escrivaninha enquanto ele me olhava de cima a baixo. Fiquei um tanto constrangida com esse olhar todo em cima de mim.

- O que foi? - Perguntei curiosa.

- Quê?

- Por que todo esse olhar em mim?

- Nada. Admirando a beleza.

- Uhum. Levanta aí!

- Pra quê? - Arqueou uma sobrancelha.

- Pra me abraçar, é óbvio!

- Mas aqui tá muito bom e daqui a pouco você vai voltar aqui.

- Ah é assim agora? - Ele riu e eu cruzei os braços na altura dos seios.

- Vem cá, Larinha!

Andei até a cama e o abracei por cima das coisas que estavam no colo dele. Mais perto dele eu pude sentir o perfume que ele usava, o meu preferido!

Cheirei seu perfume mais uma vez e suspirei. Lucas afundou sua cabeça em meu pescoço e fez o mesmo que eu. Sentiu meu perfume.

Sorri e me afastei para ir para casa. Antes de sair dali, ele segurou meu braço, me fazendo virar de frente para ele.

- O que foi?

- Só quero ver mais um sorriso nesse rosto. - Lucas abriu um sorriso mostrando os dentes e eu automaticamente sorri junto.

Sorrir perto dele já havia se tornado um hábito maravilhoso que eu não queria perder. Era incrível o sorriso que ele colocava no rosto quando estava perto de mim. E eu fazia o mesmo.

- Vem trancar a porta, Lucas.

- Já vou, mãe.

Revirei os olhos e vi ele se levantar. Apesar de estar com frio, por causa do tempo, ele se levantou e veio até mim, deu um beijo na minha testa e nós seguimos até a porta da frente.

Meu Melhor AmigoOnde histórias criam vida. Descubra agora