Dia Seguinte... (João Guilherme Narrando: Mais um dia de merda, nessa droga de lugar.
Acordei sobressaltado, ao ouvir a sirene irritante, indicando que estava na hora, do nosso
"delicioso café da manhã"...
Penteei meus cabelos, e fitei meu rosto pelo pequeno espelho de Mayke; notando uma grande quantidade de pelos na cara.
Definitivamente, eu preciso me barbear.) Mayke: E aí, Ávila... Ansioso para o seu primeiro dia na oficina? — perguntei com deboche.
João: Não imagina o quanto... — sarcasmo era eminente em minha voz.
Peguei as meias e sapatos, e calcei.
Mayke: E qual das opções você escolheu?
João: Como não tinha graffitagem, me inscrevi em Marcenaria artesanal. — era a coisa menos entediante de se fazer.
E sendo sincero, sempre curti tudo que envolva a arte.
Mayke: Hum... — segui até a porta da cela. — Vai ir tomar café?
João: Vou. Só preciso ir ao banheiro antes.
Mayke: Ok então, até depois; Jojo.
João: Até, babaca. — Assim que terminei de amarrar os meus cadarços,
levantei-me da cama e segui pelo corredor, indo em direção ao banheiro.
Ao chegar no recinto, adentrei o mesmo e fui direto para um dos mictórios.
Abri o zíper da calça, tirei meu companheiro de batalha para fora e
fiz minhas necessidades.
Ao terminar, dei descarga, me dirigi até o lavatório e lavei as minhas mãos.
Aliviado, e me sentindo demasiadamente leve, me retirei do banheiro e
caminhei em passos largos para não correr o risco de perder a refeição.
Porém, ao cruzar o corredor que dava acesso a ala do refeitório...
Sinto uma mão me apalpar. — Que porra é essa? — perguntei irado.
Policial Tony: Relaxa, Ávila.
Sou eu.
João: Tu pirou, foi? Quem te deu permissão para pegar na MINHA bunda?
Policial Tony: Não precisa disfarçar, daddy... O Mayke já me contou... João: Contou o que? — perguntei, mas ele me ignorou.
Policial Tony: Além do mais, eu adoro uma piranha tímida.
E fica tranquilA, você vai gostar.
João: COMO É QUE É? — protestei indignado, e o safado me prensou contra a parede.
Fodeu. |