Mayke Petterson Narrando: Estava sozinho na cela, me martirizando pelo que fiz ao Ávila.
É gay, eu sei... Mas no fundo, eu não queria ferrá-lo daquela maneira.
Já fiquei duas semanas na solitária...
E sei como aquele lugar pode f*der a mente e o emocional de qualquer ser humano.
P*rra, quando eu ia imaginar que o Tony, iria assediá-lo daquele jeito? E ainda mais que o imbecíl, iria
espancá-lo...?
Só espero que ele não surte de vez, e volte ainda mais louco do que já é. (...)
Estava perdido em devaneios, quando vejo o ecrã do celular (que arrumei para o Ávila), piscar.
Mesmo estando sozinho, olhei ao meu redor... verificando se não tinha ninguém me vigiando, e em seguida,
me apocei do aparelho.
O idiota é tão burro, que nem senha de bloqueeio, colocou no mesmo.
Então, me aproveitando do seu descuido...
Cliquei em algumas das mensagens que haviam ali. "Boneca: João? AMOR? O doutor irá iniciar a ecografia obstétrica, daqui a cinco minutos..." — "Boneca: Jojo, cadê você?" — *Onze chamadas de vídeo perdidas* — o dispositivo notificou. "Boneca: João, eu não posso atrasar... o doutor tem outras paciente para atender, me responde se puder." "Boneca: Jojo? Será que não conseguiu usar o celular?" Mayke: Porra, ecografia obstétrica? Será que é o que eu estou imaginan... PQP, eu preciso arrumar um jeito de
entregar esse celular para o João. (Alguns minutos depois... - Clínica)
Obstetra: Podemos começar?
Lari: Só um momento... — dei uma última olhada em meu celular, que estava posicionado
em frente ao monitor aonde as imagens da ultrassonografia serão produzidas. Mas nada do João! —
Bom... Acho que o meu namorado não conseguiu usar o celular, então... — lamentei e autorizei
o obstetra a iniciar o exame; até que...
